AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

9 de dezembro de 2008

MENINO REI, POESIA DE NATAL


Desde que, eu bem menino,
venho escutando essa história,
que foi num dia de glória,
que o bom anjo apareceu.

Flutuou sobre Maria,
causando-lhe muito espanto,
e também no seu bom homem,
um Tal chamado José.

Uma voz, e sons de clarins,
anunciou a novidade:
- Ó mulher, Ó virgem imaculada!
- Daqui a nove luas, mãe tu será.

- Não há como ter recusas,
pois é Ele, Deus quem te usa,
escutai virgem santa escolhida,
Dele, o santo filho terás.

Então, antes de alçar vôo ao céu,
abrindo suas asas qual um manto.
num abraço fraterno, deu-lhes graça,
- Eis, Maria e José, divinos santos!

Passaram-se as nove luas prometidas.
Era chegada à hora santa, afinal.
Acordou José de sobressalto,
Disse ele: - Tive um sinal!

Novamente apareceu o anjo em sonho.
- Bendito. Seja bendito o Arcanjo!
Impondo-lhe a mais breve partida,
para a cidade de Belém.

Pressentindo ele um mau augúrio,
pelas notícias de um rei maldito e rico,
fugiram adentrando o deserto,
José, Maria, e o burrico.

A noite já se fazia tarde,
no firmamento estrelas correndo ao léu,
mas uma... especialmente aquela,
jazia parada no céu.

Era o esperado sinal divino,
aguardado pelos viajantes na estrada,
indicando qual era o local exato,
do natal, do nosso Rei Menino.

Naquela... na noite do nascimento,
cansados da tão grande jornada,
Maria disse a José:
- Meu Deus! A hora é chegada.

O casal recolheu-se num estábulo,
no conforto do calor dos animais,
nasceu o menino Deus,
o poeta máximo do Amor.

Jesus. O mensageiro da Paz.

7 de novembro de 2008

TODO DIA É NATAL PRA MARINA



Oi!...
Apresento-lhes... Marina.

Ela é que é a Fada.
Aquela que Ele quis menina.
De magia... vinte anos, quase,
Vivendo um Natal por dia.

Não esse Natal igual ao nosso,
O dela é maior, é diferente,
amor especial, simplesmente,
não serve pra qualquer gente.

É um que se tem todo dia,
e com Ele sempre presente.
Merece-o, nem sabe o tanto,
Assim é com essa Fada inocente.

Olha! Que grande é o rebanho Dele!
E Ele, os tem unos como irmãos,
Mas, especialmente irmã/filha
a mantém segura pela mão.

Ah! Que lindo Natal tem a Marina.
Que mais amor a ela eu dedicar!
Se Ele, Jesus é o primeiro,
o próprio Amor com ela está.

SEGREDOS DE MARINA


Do ar,
Do mar,
De ariana,
Marina veio nadar.
Do mar que Marina veio,
Morena sabe nadar,
Num raio de luz vieram,
Ariana foi abraçar,
Instalou-as em seus seios,
Amando-as no amamentar.

Mas eis o que se descobre,
Que elas não eram duas.
Que; Marina é Morena,
E Morena, é Marina,
Fundiram-se numa só.
Um grande milagre, em mil,
Em todo esse universo,
Nasceu Marina Morena.

Com candura de um anjo,
E em anjo se transformou.
Com suas lindas asas de sol,
Voa, entre e além das estrelas,
Deixando em seu seio de luz,
Seu amor plantado na terra,
Amor que jamais se encerra,
Pois todo ele germinou.

3 de novembro de 2008

SOCO NA CARA

A palavra rasga o silêncio,
ecoa no quadrilátero,
queima as tuas entranhas
no mais profundo do teu ser.

A voz que retumba
docemente sarcástica é:
“Está preparado que sei!”.

Sudorese...
Faltam bolsos
para por as mãos,
estas... em gelidez,
incontroláveis.

Em segundos
tudo é branco.

Pernas morrem,
pés dormem,
e a vida, é nada
no instante é igual a;
nada, rés, no chão.

E a voz retumbante,
é navalha afiada:

“A biópsia nos dirá..."
se é benigno,
se é maligno,
...se é câncer!
.
.
.
foto: nebulosa de câncer

VESTI-ME DE NEGRO



Para rir do meu humor
vesti-me de negro.
Contrariando;
o deslumbre visto do alto.

Refletida no horizonte,
uma cor sobressai
a branca,
da paz, serenidade.

Continuei de negro.
Teimosamente,
E outra mais sobressai;
a verde,
da esperança, da vida, da natureza.

Insisti no vôo,
revestido de negro,
arraigado no meu humor,
mal humor...
regurgitando vãs palavras,
em sensações falsas de liberdade.
Incomodo vazio,
gosto amargo na boca,
sabor de arrependimento.

Cessam os relâmpagos na tempestade,
e o olhar, límpido vagando no tempo,
um templo multicolorido,
agora transmutado.

E eu poeto assim,
solitário em pensamento
lembrando-me de ti,
dos teus olhos negros
sedutores,
que me olham,
despem-me do humor,
e das vestes negras.
Eu condor... em vôo.

IMAGINANDO TEU ÚLTIMO OLHAR



Pétalas,
mortas
caem do alto,
cobrem-me.
Envolvem-me de calma,
e de perfume.

A Cal é...
a certeza de
paz enfim,
paz em mim.

De você,
levo o teu rosto
inconformado,
qual flor despetalada,
ornada com
pérolas lacrimais,
marcando o teu rosto
num trilho prateado.

O caminho,
até minha boca,
em gotas
de sabor salobro.,
gosto morto
do teu beijo

Última visão
sem sensação de vida,
ida celebrada,
marcada pelos
acenos tristes,
e selada pela
inquestionável
lápide.
caracterizando
o inopinado fim.

MALDITA NATUREZA

Nos teus ouvidos...
não deixarei
que escutes
minhas palavras
de angústia e dor.

Sei que sabes
que elas existem,
e invadem o teu pensar,
os teus sonhos,
e dói no teu coração.

Não deixarei
os teus olhos
me verem
no trapo
que me tornei.

Maldita natureza!
Abraçou-me!
Insensata,
traiçoeira e
desconhecida fatal.

Nem sei mais
de minha
natureza sã.

Destrói
certezas.
Infirma a fé.
Sobra a coragem.
E só.

O BRILHO DO TEU OLHAR


Esta é à hora,
de por os pés no chão.
Esqueça,
aquela estrela no firmamento
brilhando igual diamante.
Não és tu,
pois não brilhas.
Aliás, nunca brilhaste.

A lua,
ela também não te ilumina,
nem a mim,
nem a ti,
sempre mentiu.

Ela não tem luz própria,
é mentirosa.
O que reflete nela
e o mesmo
que reflete em ti, e em mim,
o sol,
que é;
astro rei do Universo.

Eu não sou rei,
Não tenho luz,
Mas te amo.
e com o meu calor
eu te aqueço
até o âmago do teu ser.

O brilho que temos,
este sim, e o verdadeiro,
que emana de ti,
dos teus olhos apaixonados,
e basta
para iluminar
o nosso amor.

24 de outubro de 2008

DEUS DE AMANDU


Antepassados desconhecidos
Mostraram uma verdade concisa
A existência superior da divindade, Ele
Neutralizador da dúvida do "ser"
Deus disse: És semelhança de mim
Único de voz indivisível. Eu sou Deus, você é Deus...

23 de outubro de 2008

FLOR BOTÃO



Amanheceu,
o beija-flor azul despertou.

Acordou e nem notou
que chegara a primavera,
mas... zum, zum... voou, voou...

ziguezagueou
daqui pra lá,
de lá pra acolá,
escolhendo a flor.

Achou, pairou no ar,
e numa sutil artimanha
pousou na sua janela,
mas não entrou para beijá-la.

Era começo de primavera.
Você era flor botão
Ainda não desabrochara.

Anoiteceu mais uma vez.
Não durmo.
E te espero na porta.
Mas fechei a janela.
Sou beija flor-fogo.

21 de outubro de 2008

CARIOCA IN RIO 40°



É verão!...
É verão!...
Que lindo é o Rio
Meu irmão!...

Um olhar que nunca esquece
Essas belezas do Rio
Dos verdes em dégradés mil
Sob o belo fundo estrelado
Celeste, azuis anil.

Rio das praias ondas batendo
Brumas, sol e bumbuns
Sorrisos, na areia, nas ruas
Nos bares, botequins e botecos.
Ao som do siriguiduns.


Cidade Maravilhosa
Reduto lar de magia
Na ginga do Carioca
E da Carioca, amém
Feitiça Luz, burburinho.

Gentes da gema
E da clara
Da graça das belas crianças
E dos sem graça,
também.

Gente “gente”, hospitaleira
e não é só eu que diz
Que curti o verão inteiro
Cantando, sambando, bebendo
Sem medo de ser feliz.

No singrar das velas brancas
Pondo riscos nos mares com giz
De corpos abraçando as pranchas
Descendo as ondas e nos tubos
Pintando o céu com asas-delta.

Para-pentes colorindo
Pairando ou voando em xis
Ah! meu Rio 40°
É verão, á alegria
Gente boa, o Carioca
Pois sabe viver feliz.

16 de outubro de 2008

ADEUS, DERRADEIRA POESIA



Amigos, confessarei
“Minha hora é esperada”
Não mais posso protelar
No fim da estrada, pisei.
A poesia... derradeira
Já escrevi pra minha amada
Mulher que me fez feliz
Minha lua enamorada.

No poema... re-lembrei
Nossas loucas aventuras
Dos amores que fizemos
Dos momentos de ternura.
Roguei, para me esquecer
Nem esperanças fomentar
Para quando eu for saudade
Só lembranças se guardar.


E aqui eis me outra vez
Neste reduto... meu lar
Ergo meus braços saudando
os meus amigos de bar.
Em cima da minha mesa
De legado, deixo enfim
Minha pena e este poema
Para que se lembrem de mim.

15 de outubro de 2008

DA PALAVRA CAÍDA NO CHÃO

Quando me são quaisquer versos
Com ou sem metalinguagem,
métrica ou as tais metáforas,
quero-os na minha mão
para acariciá-los, sem baço.

Sejam de poesias simples, frouxas
Feitas de palavras livremente soltas
Com ou sem pretensão erudita
Mesmo circunspectas ou loucas
Para minha pura diversão.

Que venham os poemas trigueiros
Advindo dos ditos falsos poetas
Ou dos exibicionistas verdadeiros
Mas que me dêem prazer de ler
Com muito gosto, cheiro e som.

Pois da árvore alta, há fruta
E que de podre cai ao chão
Assim são todas as palavras
Peguemo-las, até simulacros
Qual sementes em extinção.

Não sou dado há reprimendas
Mas poesia, mesmo tola, é sagrada
Pois, não trato a palavra de “merda”.
Cesso aqui para não embotar o verso
Prefiro não mais comentar. Merda!

14 de outubro de 2008

PROPOSTA




Eu só queria fazer amor contigo
te sufocar com carícias e muitos beijos
entre as luzes e reflexos dos espelhos
em qualquer um quarto barato de motel.

Ou que seja sobre raros tapetes
sob telhados de cristal e todo luxo,
atrás de portas ornadas de puro ouro,
ou em ricos aposentos de rainha.

Fazer amor é o que eu te proponho
repetidos, com carícias, muitos beijos
ao ar livre, sem espelhos e sem tapetes
sem telhado, sem ouro e sem cristais.

Ceda às carícias e aos meus beijos
se entregue ao ímpeto do meu desejo
esqueça o pudor, rasgue as roupas
se mostre na brancura dos lençóis.

BOÊMIA, EIS ME AQUI


Boêmia eis me aqui
mais uma vez.
Retornei ao meu reduto,
cansei daquela vida insossa,
perdido, enclausurado
qual uma ostra,
e sem ver a cor
da poesia.

Vestirei de noite breu
minha trôpega alma áptera,
engendrar-me-ei pelos becos
furtivos, que me acalmam.
Baterei nas portas dos botequins,
para beijar suas bocas de luz
semi-abertas na madrugada,
e abraçar minhas antigas parcerias.

Pedirei o aplauso das vagabundas,
e o flanar bêbado das mariposas,
"minhas doces butterfly noturnas"
que pousam nas cordas do meu violão.
Este, meu companheiro, e tão culpado,
que teima um samba canção dolente,
entoando um chorar enlutado,
pelo meu irreversível fim.

Os acordes já soam dispersos em minh’alma,
promessa de eu esquecer o teu olhar, enfim.
Dei meu coração todo ao vício, embriagado,
pela prematura morte do seu amor por mim.

13 de outubro de 2008

CATARINA BAILARINA

Minhas senhoras...
E meus senhores...
Tenho no palco da vida,
uma fada bailarina.

Flor pequenina,
perfume doce,
água de cheiro
cristalina.

É estrelinha que brilha,
flor dançarina feliz.
Anda, dança, rodopia,
pula, canta, encanta e ri

Uma boneca que fala,
é atriz, e bailarina,
já sabe pintar o sete.
Minha neta Catarina!

Colori e descolori,
até escreve seu nome,
risca e rabisca com giz,
logo, logo, o sobrenome.

E pra essas travessuras
Só precisa de um lápis,
na mãozinha pequenina
para marcar com um X

X no vovô maluquete,
X nas vovós queridas,
X nos priminhos e priminhas,
e X no amor dos pais.

De cada X bem marcado,
Pontuou... um beijo dado.
Um, dois, três... plim, plim... e pronto;
custou, mas virou poema.
Agora eu conto.

ANTE AO MANDACARU




Alparcatas pisando o asfalto,
Desde o agreste sertão,
Trazendo, o pó da terra seca,
E as histórias daquele chão.

Para o povo da cidade grande,
Que nem sonha o que é sofrer,
Está longe o desespero da fome,
E de sede ninguém vai morrer.

Fica a promessa e o olhar,
Na sombra do mandacaru,
Testemunha das necessidades,
Só ele tudo vê perecer.

Naquela natureza que é cruel,
Com ela, com os bichos.
Com a gente o teste,
Que Deus ajuda ou revê.

BELLA FLOR

No meu jardim entre as flores,
Brotou pela mágica da poesia,
E pela conjunção dos amores,
Surgiu uma bela flor menina.

Bella, a flor, o próprio amor,
A que sabe amar pra ser amada,
Inundando abundantemente de luz,
Magicamente encantada.

Chamou a atenção do poeta,
Fez sorrir o velho alquimista,
Que deixou eclodir do coração,
Toda sua sensibilidade artística.

Passou a imitar um pintor,
Com imagens de palavras,
Tomou posse da paleta,
Coloriu versos sem travas

Culminou neste poema,
Matizado pela, minh’aquarela,
Alegria do meu jardim, meu amor,
Ela é Bella... minha querida flor.
DOCES CRIANÇAS
.
outra vez é manhã
despertar de crianças
dia de travessuras
um sei lá de amanhãs
um talvez de esperança.
.
vai menino pimenta
de boné na cabeça
puxa a trança da irmã
o amor de mãos dadas
nas caminhadas vãs.
.
carregam tesouros
na mão uma pipa
na outra o pião
da menina o sorriso
e a boneca de trapos.
.
seus mundos a rua
sua casa o quintal
crianças, crianças
levadas da breca
caras sujas de pó.
.
nos narizes... meleca.

9 de outubro de 2008

CÔR DE PORCELANA

No início,
o ruído d’água do chuveiro,
abafou o choro ao aspergir com fúria.
Logo o vapor embaçou
o quadrilátero azulejado
turvando o testemunho.

Só o poeta em sua alucinação, foi,
e viu;
quando o silêncio quis chorar
aquele grito não dado.

Na borda côncava da louça,
o aço brilhava desembainhado
sobre a carta manchada de rubro,
selando o impávido ato.

Quem...
agonizava sem arrependimentos,
graças aos barbitúricos.
Um corpo jazia entregue
numa nudez pálida, inerte,
e um sorriso macabro.

Os braços, abertos,
como se esperando o último abraço.
Neles, pulsos já sem pulso,
e deles, tênues filetes coagulados,
restos irrecuperáveis de vida.

Sem poesia,
Somente um quadro triste...
pinceladas de morte prematura.

Na tela, imagem da cor de porcelana,
morta, submersa na seiva aquosa,
a esvair-se definitivamente
no destampar do ralo.
Árido fim.

BELA UTOPIA



Queria voltar a ser criança
Com aquela inocência da infância
Que eu pensava não ter fim
Numa bela e doce utopia.

Queria a minha irmãzinha viva
Não aquela roseira plantada
Que para lembrá-la eu deixei
Bem no meio do jardim.

E das histórias contadas
Pelo avô e pela avó.
Das cantigas, e das cirandas
Dos pés sujos de pó.

Queria voltar a ser criança
Para correr descalço no pasto
Sem o peso deste corpo gasto
Jogá-lo-ei fora sem dó.

8 de outubro de 2008

SUPERFICIALIDADES

Tocando... que seja indelevelmente
numa pequena queimadura.
Dói.

Não medindo a palavra, cuspindo-a,
jogando-a displicentemente, às escuras.
Dói.

Fingindo amar alguém,
mentindo sutilmente,
mesmo sem causar fissuras.
Dói.

Todas... superficialidades doloridas;
no corpo,
na alma,
e o coração.

Por isto quero:

Que caia a chuva
mas não me molhe.
Que alguém me ame,
mas não me adore.
Que o amor me mate,
mas ninguém chore.

4 de outubro de 2008

CLICK!) ESTOU ON LINE MEU AMOR

(Click)Estou on line,
direcionando
um destino,
sua janela,
Enter:
Cheguei.

No monitor,
não mais vejo você,
não aquela minha musa
que sempre me inspirava,
com aquele olhar de soslaio, maroto,


escondendo o sorriso de mim.

Procuro-a:
Page Up.
Page Dowm.
Tentativas vãs,
não te acho.
Parece que eu te perdi,
ou se escondeu de mim.

Busquei em:
“Meus preferidos”
Estava lá seu antigo retrato.
Ctrl C
Ctrl V
Pronto copiei:
Criei um novo arquivo,
só meu,e por ele agora comparo-o,
com a imagem que eu vejo hoje,
onde olhas absorta para baixo.

Imagino as lágrimas em suas mãos,
Ou talvez segurando a sua pena,
ou olhando para o chão procurando,
as palavras... se perdidas
para re-compor nosso poema.

DUETS IN, TON SUR TON

Penetra em mim com teu olhar masculino
Desejando descobrir todos os meus desejos
Fazendo-me de musa nos teus pergaminhos
Escrevendo nas madrugadas dos teus lampejos

Fecunda em mim a sensação de ser amada
Nos versos que revelam minha essência feminina
Poeta com olhos de anjo e alma de luz alada
Serei tua musa, tua deusa e inocente menina

Despindo-me sem pudor nas tuas fantasias
Alcança pra mim as estrelas com a força do amor
Voando sem fronteiras até o amanhecer dos dias
Estarei no teu coração com meu sorriso fruta-cor

Minha musa... Minha musa como eu te amo!
Encantaram-me o colorido dos seus versos,
Seus escritos misturaram-se aos meus traços,
Invadindo com poesia o meu ser, o meu espaço.

Passei a esculpi-la dia a dia em pensamento,
Sonho que moldo no mais precioso metal,
Faço os talhos serem sutis, suaves e sinuosos,
Adentro à noite, num átimo atemporal.

Pinto-a por meio dos meus olhos cor ray-ban,
Usando como tela as minhas cansadas retinas,
Dando pinceladas em tons “de rosè” e “silver”,
Um querer diferente, de matiz mais vivo e sensual.

Acordo exausto, mais uma vez dormi sobre os meus versos,
Como sempre, debruçado na mesma velha escrivaninha,
Poema que agora encerro para que se eternize.
“Minha musa... Eu te amo como te amo musa minha”.



em dueto com a poetisa Helen De Rose

1 de outubro de 2008

A GRAÇA DE ENSINAR EM QUALQUER PORTO

Ela é
o porto
de cada
criança,
na graça
de ensinar.

Nas mãos,
tudo que é
reciclado
vale ouro
é tesouro,
um material
delicado.

Garrafas,
jornais velhos,
e latinhas,
com arte
tudo vira
brinquedo,
que ela sabe
transformar.
-
Panegírico à niteroiense Graça Porto, Professora, pedagoga, produtora cultural, pesquisadora, escritora e artista plástica.

30 de setembro de 2008

COMPUS NO TEU CORPO




Acendo a luz,
e cresce em mim
a desconfiança
da tua presença.

Sonho ou realidade.

Meus pés
antes fincados na terra,
flutuam.

Mentem para as mãos,
que sabiamente
acarinham-te
como se fosses um pergaminho.

Enquanto arrepias,
uma delas faz deslizar
suavemente a pena entre teus seios,
deixando no rastro
um mundo de traço
e letras que perfaço.

A melodia ainda
é audível,
não era sonho.

Acordei na madrugada
e compus no teu corpo,
a última,
e a mais bela poesia
de amor.
Te amando.

OLHAR CONGELADO


A morte espreita-me
por detrás da minha porta,
silenciosa, furtiva,
e tão segura está de entrar,
que sorri.

A morte espreita-me há horas,
e mais cedo
ou mais tarde
vai adentrar e,
arrebatar-me-á
envolvendo-me
com seu negro véu.

Arrastar-me-á,
através do vórtice macabro
viajarei às profundezas.
Sei, pois não me prometeram céu
Não suplicarei. Pois não sei de há.
Mesmo assim;
não deixarei que entre ainda.
Previno-me.

Tampando as frestas
do tempo com o tempo,
acordando as não mais meninas dos olhos,
agora senis senhoras
que cochilam o tempo todo,
e sem vigília, expõe-me.

A morte espreita-me,
E eu a ela.
Tenho a lua minha amante
que também espreita-me
e afugenta a morte com o luar.

Pela veneziana da janela
vi mais uma noite passar em claro.
Vivi.
Mas o olhar... congelado.

17 de setembro de 2008

QUANDO O CHEIRO TEM COR

Primavera! Primavera!
Outrora mais lirismo havia
Hoje, é amor em arremedo
Flores falsas em cachepô

Mas é quando se vê os dentes
Nas bocas até dos dementes
Não sabem o que é felicidade
Enfim, primavera tudo é flor

É sob o luar resplendoroso
Que iluminados e distraídos
Os lábios beijam mais quentes
Nas noites, fazendo amor

E não só nos jardins há flores
Há nas paineiras, e nas pedras
E entre os espinhos dos cactos
Sim, primavera é das flores.

Primavera é poema cantado
Festa de cupidos e colibris
Até por esses meus versos
De amores amancebados

Atente, primavera se sente
É quando as flores eclodem
No ápice da inflorescência
É quando o cheiro tem cor.

8 de setembro de 2008

PÁSSARO NEGRO


Desça e pouse pássaro negro

Tuas asas já não mais aqui reluzem

É próprio de ti toda a obscuridade

Cárcere de toda a ambigüidade.


Não és mais um ser mortal, ilusão

Só a cegueira dos meus olhos, enxerga-te

Tua imagem é turva dentro da escuridão


Sinto-o na movimentação das sombras

Sente-se mais e maior, só por que voa

Sob e sobre aqueles poetas imaginados

Exibindo seus grilhões com arrogância


Palavras regurgitadas, nulas, mas ferem

Vômitos de intelectualidades intestinais

Que lançadas ao vento cheiram e fede


A tua fome e saciada aqui no chão,

No mesmo sitio onde põe as suas fezes

Que tu comes misturadas às sementes

Semeadas, todas, pelas minhas mãos.

SUAS LÁGRIMAS EM MINHAS MÃOS, MEU AMOR NAS SUAS


Paixão!... Será só isso do amor que merecemos?

Sim!... Voamos, poetando o amor, as vias do pecado.

Até uma lua entretida sorriu, mas nem demos conta,

Nós avivamos a cor do céu... Ele ficou mais estrelado.


Quisera poder amá-la tendo-a em minhas mãos,

A mesma mão que tenho a pena, mas não te alcança,

É o destino pregando-me mais uma vez uma peça,

Mas não me entrego, eu sou amor, tenho esperança.


Não deixe eu voltar a sentir o meu coração vazio,

Mesmo longe, quero você bem aqui ao meu lado,

Pra eu continuar a sorrir com o gesto do teu sorrir,

Até o fim que há por vir, pra esse poeta apaixonado.


Tenho você em mim, prometo amá-la-ei eternamente,

Mesmo inconformado em tê-la somente em pensamento.

Peço-te não chore mais meu amor, por mim, não chores,

Tens todo o meu amor em tuas mãos, vamos, sorria.


Sofro por não poder amparar suas lágrimas de amor,

Substitutas das minhas palavras em minhas poesias,

Que prometo expô-las a luz e em exaltação perene,

Como prova de amor a você ate os meus últimos dias.


Nossas almas estão distantes, mas se fundiram,

Não! Não se dispersarão, nem se esquecerão,

Só fica essa saudade que agora habita em mim,

Tendo as suas lágrimas em minhas mãos,

[eu me vi chorando.

FOZ DA POESIA


Sou água de nascente,

saí da fenda que jazia seca, morta.

Sou o fruto do milagre ressurgido dos cascalhos,

escondidos entre os seixos e os parcos grãos de areia.

Sigo revolvendo partículas de chão... submersas.

Sou rio.


Vejo crescerem margens, renovadas,

com raízes à mostra e seus troncos mortos;

folhagens verdes e seus florais;

bichos, pássaros e seus ninhos.

Sou natureza,

sou rio querendo ser mar.


Nos barrancos, a reprise de imagens conhecidas,

refletindo nitidamente em minhas retinas,

sombras e reflexos de uma vida,

num único sopro de existência.


Planeta água.

Eu em movimento.

Sou rio querendo amar.

Aquele que fora um tênue filete d'água,

agora um velho e caudaloso rio,

que tenta correr entre as pedras.


Precipitando-se, de queda, em quedas,

debate-se, em direção do seu destino,

arrastando um desejo em pensamento:

de rio, um dia ser oceano,

ter um amor para amar no mar,

ou na foz desta minha poesia...

2 de julho de 2008

ÚLTIMO MUGIDO

Desacostumado ao curral,
Foi só eu começar a falar,
O boi levantou-se e disse:
Home! Feche a matraca!

Prontamente eu atendi,
Pois do curral era dono,
Falava grosso, tinha chifres,
Quem havia de contrariar.

Vou à forra, deixa estar,
Quero ver teu falar grosso,
Com uma marreta na testa,
Numa baia de matadouro.

De pronto, perderás o rabo,
As patas e os traseiros,
Teu lombo inteiro à mercê,
Do facão do açougueiro.

E mais decadente ainda,
Serás manipulado à faca,
Nem reclamar vai poder.
“Vende-se carne de vaca”

E a vaca da tua mulher,
Que tu não davas cuidado,
Das tetas, o leite do povo,
E uns políticos pendurados.

E vaca virou vacabunda,
De uma pátria degradada,
Por culpa de um poeta,
De cara cheia de cachaça.

Que me deixou essa incumbência,
De achar a resposta a pergunta:
Quem tomou a primeira pinga,
Na história da terra brasilis?

Sei lá! Eu acho que foi a vaca!

1 de julho de 2008

ANJO DO MAL





Vindas das trevas,
Negras mensagens,
Transmitidas telepaticamente.

Do pensamento ao pensamento,
Sobrenatural,
Um texto velado.

O irreal revelado, castrado,
Da sombra, a sombra.
Tal qual um sonho sonhado.

Do ledo, ao medo,
De pesadelo, a queda abissal,
Do zumbido feito vento.

O sopro, e a mortalha,
Um flanar de asas
Pra disfarça o ato.

A fuga do raciocínio,
Não mais o ouço.
Excrementos da boca.

Hora palavras, mortas.
Hora lamentos, fingidos.
Hora poemas derramados,
Hora gritos, e heresias,

Momentos de loucura,
Fantasias.
Hora das loucas poesias.

27 de junho de 2008

E O POETA CHOROU



O que viste de tão maldito assim no meu eu?
Porque queres ser incomensuravelmente mais,
Se o que mais queres e eu te dou, é amor.
Teu olhar foi menos malicioso como agora?
Não! Não foi... Não sabes o que é paixão!

Tento desviar lentamente o meu olhar do teu
Para esconder o meu rosto desgastado, palhaço,
Envergonhado como um menino e sua lágrima.
E mentindo como todo poeta mente o seu amar,
Entrego-me desgostoso aos seus vis julgamentos.

Se quiseres, rasgo a minha mascara de servil amante,
E assim como um demente, me desfaleço aos teus pés,
Encorajado pelo amor mesmo que aches covardia,
Mesmo que o meu pranto pra você seja excitante
Sem você eu vou chorar. Vou chorar a todo instante.

AMAZONA DA METRÓPOLE


Exposta ao espio do meu olhar
Desnuda e vagueando impávida
Aquela mulher alada, estranha
Qual saída de uma nave espacial

Silhueta, sinuosa e esguia
De olhar vago, profundo e tão frio.
Não havia; ouvidos, vagina ou anus
Nos lugares desses sinais... Vazio.

A boca sim, sensual, era destaque,
Destarte dela não parecia fazer parte,
Pois grunhidos, eram suas palavras,
Como sons misteriosos de marte.

Suspeitou num olhar minha presença,
Metamorfoseou-se, sumiu num zás...
Reapareceu rapidamente transformada,
Na heroína do gibi, quando eu menino.


Cabeça de mulher, corpo eqüino,
Com asas prateadas e reluzentes,
Puxou-me para cima do seu dorso,
Num só golpe, forte e de repente.

E voamos, voamos sem destinos,
Talvez em direção a melhor sorte.
Entreguei-me as asas da raptora,
Preparo disfarces pra minha morte.

26 de junho de 2008

POR PAIXÃO



Bêbado, trôpego
E derrotado.
No embate insano
Entre eu e ela

Percorro só
Entre as velhas vielas.
Deixando
Em cada esquina,
Restos do coração.

Ele dividido,
Com seqüelas,
Sem repertório,
E sem paixões.

São todas assim
As minhas madrugadas.
Findam. Sem eu ter
A aurora esperada.

RASCUNHOS DE MIM

Há aqui, um cesto de papéis,
Do lado, da minha escrivaninha.
Há bolas disformes, amassadas,
Lixo das idéias minhas.

E em cima da minha mesa, há,
Lápis, canetas e uns tinteiros,
Folhas alvas abandonadas, e é só.
Nada mais que seja alvissareiro.

Há um poeta aqui sentado,
Nesta fria cadeira giratória,
Tentando fazer um retrospecto
Do que é, sua vida, sua história.

Olho para o cesto de papéis,
Bem ao lado, da minha escrivaninha.
As bolas amassadas, aqui estão.
Meus restos recusados de memória

O poeta está só, sinto-me só,
Fugiu de mim, até a poesia.
Sou como as folhas amassadas,
Agora sem nenhuma serventia.

24 de junho de 2008

SONHOS MORTOS

Um soco
na noite,
pernoite
da morte,
no frio
das ruas
da cidade.

O soco
no estômago,
do frio
da fome,
do oco
das vísceras,
dos sem nomes

Da morte
que mata,
na espera
da imagem,
do gosto
da vida,
Sem acuidade.

Nos olhos
dos homens,
os sonhos
de criança,
que nascem,
e morrem.
Sem a verdade.

A PARTIDA

Não me beijou.
por último,
Só breve aceno.
Ela partiu
Com um ar sereno.

Falta de amor.
Quando sim,
Sem calor
E zelo.

Agora
Só quero
Um copo,
Bem cheio.

E por favor,
Sem consolo.
E nada de água,
Nem gelo.

SÓ UMA PALAVRA

Não foi
Mais deprimente,
Que o dedo em riste,
Indicando
A rua.

Tua arrogância sim.
Despiu
Minha palavra.
Agora, nua.

Que adormecida,
Não mais voou
Nem encantou,
Ficou muda.

Tua palavra sim.
Foi desencanto
Matou pensamentos
Direção... Nenhuma.

Apagou horizontes,
Cegou expectativas,
Só com a palavra.
Saída da tua boca.

Suma!

E AGORA?




O que queres
Que eu faça!
Se teus olhos
Teimosos
Instalaram-se
Nos meus.

Dos teus faço o pranto,
Pra que molhes
O meu manto,
Para que tenhas
Nos meus braços.
O acalanto.

O que queres
Que eu faça.
Se minha boca
Quer tua boca
Numa festa louca.
De vícios pra mim.

Eu até me escravizo.
Vendo-me sem troco.
Pra ter o teu corpo,
No meu jardim de libido,
Matar-te de prazer.
Ou eu morto.

Que queres
Que eu faça!
Se teu nome
É Desejo.
Que eu como e bebo
Igual a cachaça.

JARDINEIRO DO AMOR

De menestrel e boêmio,
Tornei-me um jardineiro,
Pra abraçar as minhas flores,
E afagá-las com carinho.

Sou jardineiro, sim senhor,
Semeio luares e paixões,
Planto e replanto amores,
Com as minhas poesias.

Que seja ela é uma rosa,
Ou simplesmente um jasmim,
Flor perfumada como o cravo,
Ou não tão amor-perfeito assim.

Meu poema não vai dar preferências,
Pra quem vir, florir o meu jardim.
Doar-me-ei, de minha mão, a minha pena,
Pra ter delas... Um único sorriso pra mim.

MENINA AMOR

Amor
De menina,
Meninamor
Flormenina.

Mulher flor
Que é verso
É poema
E é poesia de amor.

Zum, zum, zum...
Voa...
Voa...
Beija-flor.

Beije por mim
A menina,
Minha mulher
Pequenina.

Também.
Minha
Única
Flor.

A VIA

Aonde vai menina?
Oh! Menina aonde vai?
Eu vejo que tu caminhas,
Pela estrada
Que foi minha,
E que eu passei
Há tempos, faz.

Aonde vai menina?
Oh! Menina aonde vai?
Continue caminhando,
Pise firme nessa estrada,
Ela é a via da esperança,
Que eu deixei bem lá atrás.

...DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL, PÁTRIA AMARGA...




Pátria, mãe.
É civismo respeitá-la,
Assim como a bandeira estrelada,
Cada estrela bordada, uma casa,
Seja de brasileiro ou estrangeiro.
Gente que não pode ser escarrada
Mal amada, e infeliz.

Pátria dos seus filhos pobres,
Queimados nas praças frias,
Enquanto os políticos em Brasília,
Só discursos pra plebe
Palhaça.
Que ri, mas sem ter;
Um motivo para tal.

Sim, é amada, reconheço,
É minha pátria meu berço,
Também dos meus
E dos seus.
Mas na divisão dos bens
Nem um terço.
Só dão a nós o que convém


Pátria amarga.
Com suas crianças na rua,
Anos passando, sem escola,
Quando há, paredes nuas,
Sem carteiras pra sentar,
Nem merenda para comer,
Quanto mais, uma professora.

Pátria, pátria, pátria minha!
Quantas superficialidades,
Tantos cultuando nulidades,
Envergonhando as cores
Dos filhos deste teu solo
Onde tu és a mãe gentil,
Pátria amarga... Brasil

23 de junho de 2008

VIDA SEM VINHO, VIDA SEM GRAÇA!



Natureza;
Vida
Alma,
Amor,
E oração.

Das parreiras;
Uvas,
Pés,
Mosto.
E, fermentação.

Das garrafas;
Vinho,
Cor,
Buquê,
E, degustação.

Da vida;
Sem alma,
Sem pés,
Sem buquê.
É compaixão.

Dos beijos;
Sem amor,
Sem vinho,
Sem cor.
É sem emoção.

Do Fado;
Sem guitarra,
Sem lágrimas.
Sem vinho
Na taça,
E sem canção.
É vida sem graça.

Classificado em 42° lugar no XI Concurso do Luso-Poemas "O vinho" 06/2008

VIDEIRAS DOURADAS

*Taberneiro!
Que venha logo o vinho!
Que não seja na caneca,
Nem tampouco no copo,
Desejo que seja na taça.
Quero beber nesta praça,
Antes de seguir caminho
Pra terra da felicidade.

Diga-me lá meu amigo,
De quais parras advêm,
Estes deliciosos vinhos,
De frutados com buquê?
Estas preciosidades!
De Oinos patrão de Estáfilo,
Ou dos guarabares nobres?

Não me respondas agora.
Traga outra prova de vinho,
Encha bem a minha taça,
E deixe na mesa a garrafa.
Conversaremos. Eu e ela.
Vou já saber a procedência
Deste néctar do pecado.

Taberneiro, agora diga;
De qual mesmo é o destino,
De tão maravilhoso vinho,
Que coloriu minha taça,
Manchando de sulferino,
Essa minh’alma de menino,
Que só bebe por prazer.

*Ora pois, caro senhor!
Cá são terras de Anadia,
Grande região da Bairrada.
Os vinhos daqui nascidos
Vem de videiras douradas,
De mãos de gente hospitaleira,
Que a terra sabe lavrar.

Então irmão taberneiro,
Já estou na terra do vinho!
Tu servias-me, nada dizias-me,
Mas algo de bom eu sentia,
Um amor, e um bem estar profundo.
De estar na terra dos meus sonhos,
É um bom motivo pra brindar.

Taberneiro!
Mais vinho...

Classificado em 28° lugar no XI Concurso do Luso-Poemas "O vinho" - 06/2008

TESTEMUNHAS DE CETIM


Mulher, teu corpo
No meu imaginário,
É relíquia de sacrário,
Que eu peco
Por minhas mãos, tocar.

Eu o tenho magicamente,
Envolto em tênues brumas,
Com perfumadas espumas,
Desnudado só pra mim.

Roubo teus olhos, deixo o brilho,
Beijando tua boca carmim.
Mostra-me sem pudor, tuas flores,
Expostas em teu terno jardim.

Afago com leveza teus alvos seios,
Beijo-os qual chão de templo santo,
Sugo-os, para alimento da minha alma,
Cheia de desejos em profana adoração.

E entre tuas coxas eu adentro
Faço do teu ser meu cálido abrigo
Meu bem, meu mal, Portal do Paraíso
Morada de paz, gozo e tormento.

É ela, ara dos meus mais loucos ímpetos.
Pétala, rósea, cheia do meu mel vertido.
Sorri docemente, insinua mais prazer, me excito.
Então a beijo, chupo-a, com muito mais emoção.

Dois corpos energizados, desprotegidos,
Testemunhas; lençóis e fronhas de cetim.
Arfam bêbados de champanhe e gozo, eles,
Amantes do prazer, poesias dos querubins.

16 de junho de 2008

POEMA SEM JEITO


Abro a janela
Pelo terceiro dia.
Espero,
Você não passa
Debaixo dela.

Tua ausência
É desconforto,
Sensação
De abandono,
Derradeiro.

Meu poema
Foi incapaz,
De o caminho te mostrar
O meu olhar
Costumeiro.

Insisto,
Fico na janela
Debruçado
No parapeito.
Que jeito!

“QUERIDA”

Diferente,
a palavra
que abre
da que fecha
a mesma
ferida.
Carente,
a palavra
ferida.
que se fecha
e se cala
por toda
a vida.
Inocente,
a palavra
que abre
e fecha
os dias
da minha
vida.
“Querida”

FOI A FRUTA, FICOU O SABOR



a mangueira
que só dava jamelão,

voltou a dar manga,

mas o sabor

será sempre
de Jamelão.




minha singela homenagem a José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão; compositor e intérprete maior da Mangueira desde 1949, a Escola de Samba verde-e-rosa.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

Buffering...