AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

20 de maio de 2008

LÍRIO NEGRO E AMARGO


Não há mais tempo,
Ressurjo da terra insana,
Onde o lírio brotou negro.
Aquela que me enterrastes,
Achando que derradeiro era.

Não há mais tempo.
E sem arrependimento, de nada.
Nem quando fui mais poético.
Agora, o desgosto é todo seu,
E o reclame é patético.

Perdão, por que eu pedir?
Implorar que eu te ame!
Rirei com todo o escárnio
De esse teu pensar de mim,
Dane-se se assim pensas.

Vomitarei tuas palavras,
Enganarei seus versos,
Rasgarei seus poemas,
Não te darei o regresso
Para dentro de mim.

Da escuridão surgi.
Sorrateiramente voltei,
Pra cumprir meu propósito.
Provar que me livrei de você,
Dessa sobrevida nefasta.

Dos meus olhos de luz,
Agora só um olhar perdido.
Sem nojo do teu cuspo,
E dos vermes em mim
De onde o fogo reluz.

Não, não há mais tempo.
Expus-me à lua.
Decompus-me,
Retornei, em paz
Para virar, pó.

19 de maio de 2008

MINHA BELA VAGABUNDA


Até hoje eu me pergunto,
Qual mulher se deve amar?
Já que essa que eu tinha,
Traiu-me, Iludiu-me, fez chorar.

No começo fiz mil planos,
Por ela, incentivado,
Tudo era tão verdade,
Que me vi apaixonado.

Por tal, não ligava os fatos,
E nem sei se eu queria,
Descobrir quem ela era.
De amor e prazer sabia.

Que verdadeiro motivo,
Fez-me tanto resistir,
Incrivelmente amando,
Essa bela vagabunda.

Que decidiu me esquecer,
Num imprevisível fim,
Soubesse eu que assim seria,
Deixava-a longe de mim.

16 de maio de 2008

DESABAFO DO DIÁRIO


Amada, a face oculta ou não sob o pano de fundo,
Faz-se impossível eu chorar toda a sua dor.
Sem distância entre sua pena e minha folha rosto,
Aqui estou eu com expressão guardando a sua arte.
Imensuráveis, as páginas da sua vida que me confiastes,
Mais que você, amei-as, sorri e chorei-as por ti cada dia.
Enquanto seguias feliz seu caminho, não me escrevias,
Esqueceu-me. Revendo-me casualmente em noites frias.
O seu aniversário, dia que eu destaco com carinho,
Ano após anos acolhi em mim, nas folhas amareladas,
Numa solidão que eu aceito pela minha condição de ser,
O seu diário, relicário das suas emoções, e da sua vida.
Abra-me e reveja quão felizes fomos quando me acarinhavas,
Em cada linha escrita está o sol do sorriso, o calor das mãos.
O úmido das suas lágrimas que marcou-nos indelevelmente,
Permanecendo até hoje como sinal da nossa cumplicidade.
Venha a mim querida minha, abro-me novamente, leia-me.
Não deixarei que sua solidão, manifeste incertezas vãs.
Guardei-me para você, agora não me despreze mais, alie-se,
Encontrará em mim o regresso, pois nunca me esqueci do seu dia.
Sou o seu presente, fui seu passado, serei seu futuro,
Hoje obscuro, pelo ingresso da sensação de perda.
Mas sorria novamente amada, ainda tenho muitas páginas,
E essa é a mais especial, pois os parabéns eu lhe dedico.
E até daqui a um segundo,
Um minuto,
Uma hora,
Ou mais trezentos e sessenta e cinco dias.

13 de maio de 2008

GAROTO DE PROGRAMA


O que queres de mim?
Prazer,
Prazer,
Ou prazer?

Diga o queres que eu faça,
Podes até fingir que me amas,
Serei o que me pagares,
Para me usar umas horas.

E tudo que vier de mim,
Tu sabes, serás enganada,
Ah! Não eram seus planos?
Pois errou, ledo engano.

Aprenda a ser mais realista,
Nunca ridícula, seja artista,
Por isso para me ter, pague,
Sou do sexo, sem desejo.


No preço, não incluo beijos,
Nem usarei seus adereços.
E é proibido falar de amor,
Senão, terás meu total desprezo.

Vá, deite-se logo na cama,
Espalhe-se como uma rameira,
Eu não tenho a noite inteira,
Sou um garoto de programa.

E por isso é que eu sou caro,
Muito caro, não engano,
Esqueci do amor totalmente,
Fortuna. Meu único plano.

10 de maio de 2008

MATER ET MATER


Mãe,
Preta,
Branca,
Amarela,
Vermelha.

Mãe, de toda a raça humana
Máxima em todas as etnias
A graça de todos os dias
Nunca tua presença é tardia.

Mãe, mulher redentora,
O solo fértil, e produtora.
Mãe poderosa e salvadora,
Receptáculo, e moradia.

Mãe, que de um ambiente gótico
Submerso num mar amniótico,
Gera de uma simbiose natural,
O que será tão singular e plural.

Mãe, a fazedora de homens,
Que de Deus obteve a receita,
Doa o seu corpo e faz vidas,
Moldando-as em formas perfeitas.

Mãe, que é céu, e terra e é mar,
Também sol, lua e nossa estrela.
Do universo, a mais sobrenatural,
E pra cada um de nós a guia.

Da vida.
A graça,
Do jardim,
A flor.

Mulher mãe,
Vida.
Mãe mulher,
Amor.

Amor de mãe.
Amor abrangente,
Amor simplesmente
Infinitamente,
Amor à gente.

MINHA MÃE ... DOCE CIRANDA


Minha mãe
Dona Sebastiana
Que de manhazinha
Ia me acordar.

Tão zelosa
Com voz maviosa
Me chamava baixinho
Pra não me assustar.

Quem é filho
Não esquece o jeitinho
Que toda mãezinha
Faz pra carinhar.

Me pegava
Com todo carinho
No colo macio
Pra me alimentar.

.. .Como é bom,
.. .Minha mãe, minha flor mais bela.
. . Como é bom,
.. .Minha mãe, minha santa na terra.

Eis o homem
Que já foi criança
Que tem na lembrança
Da mãe dele o ensinar.

Que ser pobre
Nunca foi defeito
E que o mais importante
É ser honesto e amar.

Minha mãe
Eu te guardo no peito
Mesmo que estejas
Em outro lugar.

Aproveito
O som desta ciranda
A todas as mãezinhas
Homenagear.

.. .Como é bom,
.. .Minha mãe, minha flor mais bela.
. . Como é bom,
.. .Minha mãe, minha santa na terra.

8 de maio de 2008

ENFIM... BOEMIA




Nossa casa é nau fantasma, tão vazia,
E de tanta solidão, ficou tão fria,
Arrevesando o meu pobre coração,
Mas não vou mais lhe dar perdão.

Esquecer, todas suas falhas e tão difícil,
Perdoar você, muito mais difícil então,
Queres voltar a fazer parte da minha vida,
Mas a resposta; é definitivamente, não.

Sofrerei, mas não vou ceder de novo,
Nem que eu revire minha alma pelo avesso,
Já me perdi entre o quarto e a sala,
Minha saída é a porta para rua, que cala.

Entro sôfrego, logo na primeira cantina,
A fumaça e o hálito do vinho me embriagam,
No palco o guitarrista chorando com a guitarra,
Junto ao cantar mavioso e as lágrimas da fadista.

Viverei agora assim, sem essa maldita angústia,
Solitário, em rios de vinho, nos braços da boemia.
Pouco me importo quem achar que tudo teve astúcia
Morrerei feliz sem lembrar que fui amado e amei um dia.

MENINO DO RIO

“Menino bonito
O filho do Rio
Do medo
Da rua
O filho do frio
Do fio cortante
Do traficante
Também seu amante
Que o prostituiu
Comendo sua carne
Crua e nua
Entregando pra lua
Já não mais menino
O filho da sorte
Enxerga a morte
Drogado
Imolado
E agora nu
Jogado no asfalto
Ensangüentado
O choro da puta
Que diz ter parido
Já não o escuta
E nunca o escutou
Abandonado
No meio da rua
Seu último
Lar.”

3 de maio de 2008

'TODO POEMA DE AMOR É RIDÍCULO?"



Acidentalmente, o poema de amor, a celeuma.
Ele, ridicularizado, no meio duma cizânia,
O Poema de amor é – O poema de amor não é,
Páginas e páginas escritas numa bela coletânea.

E o cruel libelo, crava; “Todo poema de amor é ridículo”
E qual será a realidade de quem não o sente assim?
E por que será ridículo? E se for! Será enfim!
Todo poema é ridículo, se nos trouxer dissabores.

E se na forma loquaz dos versos, mentir descaradamente,
Sem poesia e lágrimas, e um mínimo de sentimento.
Então hão de concordar, com todo o discernimento,
Que; o poema de amor insincero. É que é ridículo.

Que o poema do casal que não se ama. É que é ridículo,
E que também pode ser ridículo o ciúme no poema de amor,
Traição, cinismo, e intolerância, não cabem num poema de amor,
Como a incúria nos versos de um poema de amor, isto que é ridículo.

Ah! Poetas e Poetisas perdoem aqueles que dizem inexoravelmente;
Que: “Todo poema de amor é ridículo”, talvez até estejam certos.
Poemas de amor são melosos, chorosos, gostosos, amorosos,
Não existem apaixonados, sem gostar de poemas de amor, e ridículo.

DO TRABALHADOR. QUAL DIA NÃO É?


Hoje primeiro de maio
É o “Dia do Trabalho”,
As rimas ficaram soltas,
Mas deixei-as cair no assoalho.

Não queria aqui desbocar,
Respeitando quem pega o malho,
Mas aqui bem ao pé de ouvido;
Mandem os patrões pro caralho.

Esses que os obrigam a labuta,
Forçando-os ao trabalho escravo,
No mando dos cortadores de cana,
E os que cavoucam nas jazidas.

E pra que toda essa festividade,
Com tantas vozes sem escuta,
Trabalhando ao sol e na chuva,
Só luta, feitos uns filhos da puta.

Agora já que eu desboquei,
Soltei o nó da garganta,
Eu vou voltar pro trabalho,
Vender o almoço, pra comprar a janta.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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