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EU O MUNDO, O MUNDO E EU

21 de janeiro de 2010

FAÇO POESIA PORQUE EU NÃO POSSO DIZER QUE TE AMO



Meu coração grita você.
- Ame-a. Por favor. Clemência!
Anuncie o nome desse amor,
Depois de apor as reticências.

Peço-te. Grite, pois eu não posso,
É um senão, não é demência.
Por isso guardo aqui no meu peito
Todo esse sabor, de te amar.

Perdoe se o poeta é um brejeiro,
E que sorrateiramente flerta,
Fazendo-se às vezes de menino,
Para que você não o esqueça.

Quisera que o ontem fosse agora,
Que o tempo não tivesse hora,
Para o tanto que temos a dizer,
Segundo, passa a ser demora.

Não, não posso dizer que te amo
Como grita o meu coração
Por isso faço de você poesia
No clamor da minha paixão.

SEIXO ROLADO



Pisaste,
qual se pisa
em pedras soltas.
Com cuidado,
para não ferir
seus pés.

Eu,
ingênuo
em desalinho,
desenganado
de bem querer,
permiti
seu caminhar
sobre mim,
seixo rolado.

Vidas
desapegadas,
miseráveis vidas
sem amor,
sem projetos,
sem trajetos.

Fizemos de nós
meros objetos,
no fim,
nem restos...
nem restos.

19 de janeiro de 2010

LEIA ESTE POEMA PARA MIM... AMOR




Sim. Eu já vi o mar um dia,
com suas nuances esmeraldas e brancas espumas.
Lembro também do grande céu pintado de anil,
visitado por nuvens de algodão em correrias,
e a noite; subitamente riscada pelos astros cadentes
Da janela
eu ao luar;
acotovelado no avarandado, ao estrelado breu,
namorava-te de longe sob a brisa fresca do verão.
Minha visão não te perdia como apagada agora.
Sorrio. Que bom que ainda tenho o seu perfume.
Que bom!

Amávamos livres,
campeando os prados, e os vales esverdeados,
nosso mundo; era aonde o arco-íris nascia na terra,
meus olhos a sua procura eram ágeis caleidoscópios,
mas paralisavam-se ao tentar desvendar teu corpo.
Tempos de risos, quando tuas cores eu as absorvia.

Germinou o amor em mim,
quando vi teus cabelos balançarem a minha frente,
negros, de intensos brilhos adornando o teu rosto,
quais brilhos, que sei ainda têm os olhos teus.
Quando teus lábios carmim beijavam os meus,
um misto de pudor, receio e desejo, me invadia
em silencio, emocionado,
qual veneno delicioso inoculado.

Apaixonados,
tudo envolvia cores, suores, e os dias não tinham fim.
Mas urgiu o tempo, e com ele, a relevância das palavras,
das verdades que não mais vejo e que se fazem presente;

mais tátil que visto,
mais ouvido que visto,
mais sentido que visto;
descontroladamente... fácil,
sem nada ficar perdido,
nem aquele som colorido
inserido puro na tua voz.

Mesmo com essa nebulosidade definitiva,
o poema não perdeu a canção,
a poesia ainda é um pássaro cantante,
sei das suas melodias exóticas e mutantes,
e que suas asas flanam maestrando os versos,
beijam as flores, lembrando os amores.

Salvo o afeto que tenho por ti minha querida,
e pelo olhar que tens por mim amor; perdão,
perdão por quase teres que viver reclusa.
Desde que meu mundo nublou, tu és o farol,
meu norte, meu sul, meu leste e o ocaso.
Tua boca me diz o que não mais vejo.
Preciso dos teus olhos a enxergar por mim...

É tarde...
Antes de deitar-se, amor;
leia só mais este poema para mim.

17 de janeiro de 2010

E O POETA CHOROU...



O que viste de tão maldito assim no meu eu?
Porque queres ser incomensuravelmente mais,
se o que mais queres, e eu te dou, é amor.
Acaso teu olhar foi menos malicioso como agora?
Não!
Não foi...
Não sabes o que é paixão!

Tento desviar lentamente o meu olhar do teu
para esconder o meu rosto desgastado,
palhaço,
envergonhado,
como um menino e suas lágrimas,
mentindo como todo poeta mente o seu amar.
Entrego-me desgostoso aos seus vis julgamentos.

Se quiseres,
rasgo a minha máscara de servil amante,
E assim como um demente, me desfaleço aos teus pés,
Encorajado pelo amor,
mesmo que aches covardia,
mesmo que o meu pranto pra você seja excitante...
Sem você eu vou chorar.
Sei que vou chorar a todo instante.

MARCAS DE VERÃO



Meu olhar;

voou na madrugada até o seu amanhecer.

Minhas mãos, asas viajantes e exaustas,

antes absortas à pena e a folha de papel,

agora debruçam sobre teu desnudo corpo,

perfumado à Absinto e marcado de verão,

os sinais de prazer expostos ao meu olhar.



Meus dedos;

bêbados da boemia, atraídos pela sua poesia,

vão passeando nos teus róseos vales úmidos

e pelas sombras vivas das tuas entranhas,

aos espeleotemas nunca dantes explorados,

de virgem, ainda desprovida de gemidos.



É cedo;

enquanto o novo dia não chega até mim,

deixo vir o calor do sol que de mim emana,

abraço ternamente minha estrela da manhã,

e na nossa cama, habitat dos nossos amores,

jardim em flores, em constelação reluz.



Meu enredo,

é no nosso palco de amor, cores e cheiros,

gostos que nossas céleres línguas degustam

como animais selvagens livres na savana.



Só o brilho de ti reluz, estrela da manhã,

bela presença diurna no meu desejo afã.



Nosso enlevo;

esvai-se em versos, e nada mais é dito.

Explodem os sentimentos em festivais.

Nos teus negros cabelos, me emaranho,

tu nos meus, corpos em frêmitos, arranhos,

fazendo amor aos primeiros raios de luz.

Estrela e Sol brilhando num lindo ritual.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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