AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

30 de setembro de 2008

COMPUS NO TEU CORPO




Acendo a luz,
e cresce em mim
a desconfiança
da tua presença.

Sonho ou realidade.

Meus pés
antes fincados na terra,
flutuam.

Mentem para as mãos,
que sabiamente
acarinham-te
como se fosses um pergaminho.

Enquanto arrepias,
uma delas faz deslizar
suavemente a pena entre teus seios,
deixando no rastro
um mundo de traço
e letras que perfaço.

A melodia ainda
é audível,
não era sonho.

Acordei na madrugada
e compus no teu corpo,
a última,
e a mais bela poesia
de amor.
Te amando.

OLHAR CONGELADO


A morte espreita-me
por detrás da minha porta,
silenciosa, furtiva,
e tão segura está de entrar,
que sorri.

A morte espreita-me há horas,
e mais cedo
ou mais tarde
vai adentrar e,
arrebatar-me-á
envolvendo-me
com seu negro véu.

Arrastar-me-á,
através do vórtice macabro
viajarei às profundezas.
Sei, pois não me prometeram céu
Não suplicarei. Pois não sei de há.
Mesmo assim;
não deixarei que entre ainda.
Previno-me.

Tampando as frestas
do tempo com o tempo,
acordando as não mais meninas dos olhos,
agora senis senhoras
que cochilam o tempo todo,
e sem vigília, expõe-me.

A morte espreita-me,
E eu a ela.
Tenho a lua minha amante
que também espreita-me
e afugenta a morte com o luar.

Pela veneziana da janela
vi mais uma noite passar em claro.
Vivi.
Mas o olhar... congelado.

17 de setembro de 2008

QUANDO O CHEIRO TEM COR

Primavera! Primavera!
Outrora mais lirismo havia
Hoje, é amor em arremedo
Flores falsas em cachepô

Mas é quando se vê os dentes
Nas bocas até dos dementes
Não sabem o que é felicidade
Enfim, primavera tudo é flor

É sob o luar resplendoroso
Que iluminados e distraídos
Os lábios beijam mais quentes
Nas noites, fazendo amor

E não só nos jardins há flores
Há nas paineiras, e nas pedras
E entre os espinhos dos cactos
Sim, primavera é das flores.

Primavera é poema cantado
Festa de cupidos e colibris
Até por esses meus versos
De amores amancebados

Atente, primavera se sente
É quando as flores eclodem
No ápice da inflorescência
É quando o cheiro tem cor.

8 de setembro de 2008

PÁSSARO NEGRO


Desça e pouse pássaro negro

Tuas asas já não mais aqui reluzem

É próprio de ti toda a obscuridade

Cárcere de toda a ambigüidade.


Não és mais um ser mortal, ilusão

Só a cegueira dos meus olhos, enxerga-te

Tua imagem é turva dentro da escuridão


Sinto-o na movimentação das sombras

Sente-se mais e maior, só por que voa

Sob e sobre aqueles poetas imaginados

Exibindo seus grilhões com arrogância


Palavras regurgitadas, nulas, mas ferem

Vômitos de intelectualidades intestinais

Que lançadas ao vento cheiram e fede


A tua fome e saciada aqui no chão,

No mesmo sitio onde põe as suas fezes

Que tu comes misturadas às sementes

Semeadas, todas, pelas minhas mãos.

SUAS LÁGRIMAS EM MINHAS MÃOS, MEU AMOR NAS SUAS


Paixão!... Será só isso do amor que merecemos?

Sim!... Voamos, poetando o amor, as vias do pecado.

Até uma lua entretida sorriu, mas nem demos conta,

Nós avivamos a cor do céu... Ele ficou mais estrelado.


Quisera poder amá-la tendo-a em minhas mãos,

A mesma mão que tenho a pena, mas não te alcança,

É o destino pregando-me mais uma vez uma peça,

Mas não me entrego, eu sou amor, tenho esperança.


Não deixe eu voltar a sentir o meu coração vazio,

Mesmo longe, quero você bem aqui ao meu lado,

Pra eu continuar a sorrir com o gesto do teu sorrir,

Até o fim que há por vir, pra esse poeta apaixonado.


Tenho você em mim, prometo amá-la-ei eternamente,

Mesmo inconformado em tê-la somente em pensamento.

Peço-te não chore mais meu amor, por mim, não chores,

Tens todo o meu amor em tuas mãos, vamos, sorria.


Sofro por não poder amparar suas lágrimas de amor,

Substitutas das minhas palavras em minhas poesias,

Que prometo expô-las a luz e em exaltação perene,

Como prova de amor a você ate os meus últimos dias.


Nossas almas estão distantes, mas se fundiram,

Não! Não se dispersarão, nem se esquecerão,

Só fica essa saudade que agora habita em mim,

Tendo as suas lágrimas em minhas mãos,

[eu me vi chorando.

FOZ DA POESIA


Sou água de nascente,

saí da fenda que jazia seca, morta.

Sou o fruto do milagre ressurgido dos cascalhos,

escondidos entre os seixos e os parcos grãos de areia.

Sigo revolvendo partículas de chão... submersas.

Sou rio.


Vejo crescerem margens, renovadas,

com raízes à mostra e seus troncos mortos;

folhagens verdes e seus florais;

bichos, pássaros e seus ninhos.

Sou natureza,

sou rio querendo ser mar.


Nos barrancos, a reprise de imagens conhecidas,

refletindo nitidamente em minhas retinas,

sombras e reflexos de uma vida,

num único sopro de existência.


Planeta água.

Eu em movimento.

Sou rio querendo amar.

Aquele que fora um tênue filete d'água,

agora um velho e caudaloso rio,

que tenta correr entre as pedras.


Precipitando-se, de queda, em quedas,

debate-se, em direção do seu destino,

arrastando um desejo em pensamento:

de rio, um dia ser oceano,

ter um amor para amar no mar,

ou na foz desta minha poesia...

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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