AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

31 de julho de 2007

MUDANÇAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Mudaste,
Aquietou-se por mim.
Sinto que mudaste!
Não que outros notassem.
Mas mudastes!
Nada de bom ou mal fizeste
Para que eu reparasse,
Mas mudaste!
Tanto de mim esperas,
Sem pranto, sem acalanto,
Anciosa, acuada nesse espaço,
Como quem apaixonada,
Paciente, bela, benevolente.
A espera do meu voltar, sente,
O chegar de uma notícia,
Mesmo tarde, mas que fosse,
Um bilhete, um email, um alô,
Não somente no outro dia,
Mas sim, naquele breve instante,
Que dispunha esperar.
Esperar, esperar, sem desesperar.
Deixo triste minha mulher menina.
Me condeno, por estar só, murmuro.
Percebo que estou longe, grito
"Também te espero muito, e aos prantos,
Vivo capisbaixo e pelos antros,
Tenho saudade de você, e canto".
Sou predestinado aos desencantos,
Que quando eu volto, é sem notar.
Com frio na alma, razão nua, sem manto.
Sigo meu caminho interminável,
Vai clareando a cada passo,
Anunciando o meu chegar,
Vendo mudar essa espera triste,
Sendo arrastada pela certeza,
Para um lindo reencontrar.
Vou envolvê-la em meus braços,
E depois de um longo abraço,
Sentirás dos meus lábios os traços,
A recompensa do esperar.

12 de julho de 2007

MENTIRAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Mentiras, mentiras, mentiras!
Por dizer tantas mentiras
Escondes teus olhos de mim
Mas eles não falam mentiras.

Tão irreais são os seus sonhos
Acorde, volte a ter lucidez
Vista o véu da verdade
Pra não mentir outra vez.

Promessas de mil carinhos
Juras de amor infinito
Fingiste todo esse tempo
Acabou virando um mito.

Quase todos, muito guardam
Uma paixão louca por ti
Sem duração, com final rápido
Qual um vôo de colibri.

Vai assim acontecendo,
E eu ainda preso à você
Vivendo com suas mentiras,
Mas querendo delas esquecer.

Verás um pouco mais adiante,
A vida lhe mostrará
Os estragos irreparáveis
Que vais querer consertar.

Mesmo eu não te amando
Ou se você também não
O tempo passará rápido
Se com mentiras, sem perdão.

Mentiras, também já as disse
Até pra salvar a verdade
Mentiras de todo o jeito
Na mais pura caridade.

Mas mentiras no amor, não aceito
Faz o coração sofrer demais
Só te peço que acredite
Que não te menti jamais.

11 de julho de 2007

SENSAÇÃO - Série: Por Aí aQui e aLi

Sonhei que morava
Numa casa cheia de sol,
E de dentro dela
Avistava-se um mar
Com seus tons de azuis,
Encrespados por carapinhas brancas.
Além da minha janela,
Dava pra ver
Os lábios desse mar,
Com suas areias, alvas e róseas,
Vez em quando
Sombreadas pelos montes,
Como se fossem os seios
Brotados do corpo
De uma jovem mulher.
Pintados cor de terra e
Verdes brilhantes.
Há! Quão feliz esse homem,
Que agora tem
Um coração apaixonado
E consegue ver tudo assim.
Pode ser que seja ilusão,
Mas estou acordado,
Essa é a sensação, quando você
Está bem perto de mim.

LIVRE - Série: Por Aí aQui e aLi

Não, mesmo que quizesse
Não poderia mais voltar atrás.
Me entreguei,
E me entrego agora mais.
Deixo-me levar a esse amor,
Como um barco solto
Após a tempestade.
Vivi tanto tempo
Enganando a eu mesmo
Sobre o que é amar.
As nuvens se foram.
Sei agora, que amar é ser livre.
Livre pra querer viver,
Viver pra poder sonhar,
Sonhar com você me amando.
Mesmo que seja somente
Sonhar...

VERDADES - Série: Por Aí aQui e aLi

Começou tudo como um sonho
Eu conheci seus segredos,
Que são tantos quantos os meus.
Eles passam em minha vida
Como páginas de um livro
De romances ou ficção.
E me deixo levar.
Mergulhando nessa leitura,
Bebendo tudo com gosto,
Com sabor de uma vida nova
Que é a sua, e que passou pra mim.
Com seus mil doces segredos,
E gotinhas de amargura.
Sonhos cheios de verdades
Como a água
Mais transparente e pura.

9 de julho de 2007

CORPOS ARDENTES - Série: Andanças

Na deserta praia, de repente avistei
Uma silhueta feminina, tez morena
Entre brancas ondas, cristalinas e serenas
Se banhando em delírios e frescor.

Me chegando mais pra perto do encanto
Perfeição, mas bonita e sensual era
Meu coração vibrou, pensei, quem dera!
Se ela quisesse, prostraria-me aos pés dela.

Sua voz que mais parecia um canto
Corpo dourado que ao sol se refletia
Nos olhamos, um minuto, o bastante
Apaixonados, amamos, até o findar do dia.

Nossos corpos, exaustos, ainda ardentes
Sentimos que algo estranho repetia
Apesar da brisa fria começada
Mais prazer e mais amor, acontecia.

SINA - Série: Por Aí aQui e aLi

De menina para mulher eu vi mudar
Como mulher, foste minha, ainda lembro
Confiava minhas canções e meus delírios
Sem teu corpo em minhas mãos, é um relento.

Passou o tempo mas ainda acredito
Que de você nunca terei decepções
Mas se algum dia esqueceres tais valores
Não espere, nunca mais terás canções.

Se tu pensas que estou longe e nada sei
Te enganas, pois a saudade aproxima
E se não tenho seus carinho como antes
Quero que saibas, sou teu rastro, sua sina.

Não me compare aos outros homens de sua vida
Que do teu corpo roubam o prazer que os mantém
Sou diferente mas também quero o teu corpo
Mas o que eu quero, muito mais, é o seu bem.

4 de julho de 2007

OLHOS DE SANGUE - Série: Andanças

O desprezo quando imutável
Entra penetrante, é aço, frio
Cortante como lâmina afiada
Dilacera as entranhas,
Aniquila fulminantemente os pensamentos,
Principalmente os amadurecidos por tantas, promessas,
Afirmações ditas, mas não crédulas.

Ele, o causador de uma dor aguda, incontrolável
Traiçoeiro, te empurra para o abismo, sem espaço,
De profundidade absolutamente indefinida,
Desfalece todas as vontades,

Que até então, pareciam realizáveis.
E nesse sincronismo,

Consegue destronar a razão dos mais puros sentidos.
Com impetuosidade sínica, segue deplorável,
Causa náuseas, igual tivesse rasgando a carne viva do corpo,
Faz jorrar a esmo o essencial da vida,
Deixa a alma em completo estupor.
Comparado qual um veneno paralizante, mortal,
Provocando uma síndrome interior fatal,
Deteriora a conciência até dos mais fortes e sábios,
Arranca brutalmente a essência da alma,

Deixa-a no chão,
Que desfalecida e desgastada pelas consequências,
Joga-se ao éter desconhecido,
Perdida como as águas vertentes,
Cujos cursos e atalhos também desconhecemos.
No desprezo, tantos nãos desnecessários são ditos,
Inocentes ou culpados, mas sempre injustos,
Pela sentença de suplício posta.
Deixa no rastro de sua indômita trajetória,
Olhos cor de sangue, rios de lágrimas,
Sofrimento e amarguras,
Causados pelo desamor.

PROMESSA - Série: Andanças

Menino que cresce
Inocente criança
Sem saber que a vida
É viver de esperança

Se agora embalado
Nos braços da mãe
Adiante com os próprios
Construirás amanhãs

Te invejo nas noites
Dormindo com os anjos
Por mais que me esforce
Já não tenho seus sonhos

Prometo que um dia
Grande homem serás
E de ser menino
Talvez tu lembrarás

Terás toda uma vida
Que ainda desconheces
Mas vais ter que enfrentar
Com uma força de mestre

Então já adulto
Um menino olharás
Lembrarás como eras
Mas não voltarás

Menino que cresce
De tudo mereces
Pedi aos seus anjos
Ouvir minha prece

1 de julho de 2007

PÁGINA - Série: Por Aí aQui e aLi

Me cansei de esperar por sua volta
Que até já esqueci como tu és
Só um detalhe ainda tenho na lembrança
O gosto doce, não provei noutra mulher.

É possível não pensar em ter você
Sei que é preciso de uma vez te esquecer
Já que é difícil de voltar, foi decidido
Eu e você, nunca mais, ser bem querer.

Quando então não sentir mais sua falta
Das promessas de paixão, dos desatinos
Estarás longe, no caminho escolhido
Ser feliz ou infeliz, é com o destino.

Hei de encontrar para o meu ninho, outra mulher
Que há de explorar o meu corpo, sem lamentos
Me entenderá e será minha o tempo todo
Abusando dos carinhos em meus momentos.

Essa página...
De nossas vidas
Nós rasgamos.
Recordação,
Se acaso houver,
Não lamentamos.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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