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EU O MUNDO, O MUNDO E EU

18 de junho de 2009

A ÉTICA DOS CANALHAS

Se, se deixares dominar
por essa insana e atormentada verve,
apenas para o brilho do pedestal
do seu tutor; cairás no ridículo.

Se tu se perder numa visão una,
no afã do esplendor da ribalta
que teima ficar na penumbra.
Desista...
Não haverá u’a mão no interruptor.

Afogar-se-á no próprio limo,
Desnortear-se-á no próprio limbo.
Mas sobreviverás...
junto à claque dolente.

Mas não me condene.
Não sou quem não quer o olhar,
nas atitudes mais humanas.
Reconheça-se, e renasça.

Se da infâmia
dá-se a útil convivência,
e se as escoras lhe aprazem,
e se atrais as muletas, e se atrelam a ti,
e não rejeitas;
Reveja-se...
Pois se não o escoram,
escoram-se em ti.

Aplaudem-no
enquanto
arauto servil.
Sugarão à tua sombra,
enquanto
houver insensatez,
enquanto
persistires na inércia,
enquanto
esqueceres das virtudes,
enquanto
afastares da razão.

Oh! Corja que se ufanam de inconsequentes ritos.
Oh! Amontoado de sanguessugas, de sede irrestrita.
Oh! Escória de maus que não atendem aos gritos.
Oh! Cruéis de injustos atos sob o escudo da escrita.

Maldita ética dos canalhas sobreviventes.

Oh! Malditos,
ainda individualizam-se,
vestem-se da própria pele
para reconhecerem-se.
Bastam-se, de si; bastam-se,
para alumiarem a tosca mente,
envelhecida, carcomida,
enroscada em sorrisos frouxos,
refrescando o fígado
como os fantasmas
ressuscitados
da velha escrita.

Oh! Seres.
Oh! Pobres Seres
mergulhados no barro
ressequido das velhas palavras.
Delas não se desvencilham,
arrastam-nas em versos
pré e pós aversivos
as inovações.

Lhes são demais as alvoradas.

Sabemos o que escrevem...
É cicuta.
Envenena, e envenenam-se,
não é mais paixão a poesia,
nem mais a ânsia do poema habita.

É maldade gratuita,
e que grotescamente
sob a égide da escrita,
abraçam a palavra, usam-na, e;
em gotas insistentes,
destilam abioto em doses
diárias e permanentes.

Oh! Pobres poetas e suas sutis brutalidades.
‘As palavras não morrem sorrindo’
Dementes!

4 de junho de 2009

ENSAIO DE BOEMIA


No escuro do meu quarto
tinha um bicho papão
morava dentro do armário
mas eu não tinha medo não
nem a lua, a namorada
pendurada lá no alto
que sua luz acendia.

E toda vez que me via
entrava pela janela
e no meu quarto se escondia
das estrelas com rabo de luz
que riscavam o azul da noite
bem debaixo do meu céu.

Todos na casa dormiam
menos eu e minha amada
uma lua enamorada
debruçados na sacada
esperando os cavaleiros
e também os violeiros
voltando das serenatas
no ritmo do bom tropel
meu ensaio de boemia.

Cambaleando de tonto
caindo bêbado de sono
com o luar me alumiando
quase todas madrugadas.

ENSAIO DE BRINCAR


Paro e olho para o céu
o mesmo do sol e da lua
e todo aquele vai e vem
veio trazendo a lembrança
enquanto a linha desenrola
da minha colorida pandorga,
que é pipa, que é papagaio
que também é uma seta
só que não tem rabiola.

Ta com medo tabaréu...
Minha linha é de papel...

Que bom ver a vida bailando
naquele fundo celeste
num contraste de mil cores
em pedaços de papel seda
amarrados em varetas
frações de pura alegria
do menino citadino
de coração interiorano.

Olhar atento e safado
sisudo ao desacato
bolsos cheios de gude
numa das mãos a fieira
Feita de fio de algodão
uma rodada no ar e...

Zingue... Zumm!...

Bico de prego cravando,
na terra de chão batido
até a poeira é lembrada
na emoção do tempo ido.

Roda pião!
Bambeia pião!

Finda a ilusão do menino
foi morrendo aos pedacinhos
com a lembrança moribunda
só sobreviveu a pandorga.

Olhe ela lá no céu!

Não me reconhece mais
talvez por causa tempo
passou dessas brincadeiras
que a idade já não mais
outorga.

TAPETES DO CÉU


torres de algodão
magníficas
estruturas
de ar e energia
aglomeradas
albas e fatais
tapetes do céu
traiçoeiros
pisados
por corpos desfeitos
almas fracionadas
catapultadas
no vazio
que ora jazem
no abismo do mar
gentes
pulverizadas
dos sonhos
inoxidáveis
desfeitos
no
abrupto acordar
do sono perfeito
o encontrar
eterno
da paz
depois
de um voo
imperfeito
atritado
com uma
cumulus nimbus.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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