AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

30 de novembro de 2007

MANIHOT. ERA UMA VEZ...


A lenda assim é contada,
Mandi a menina branca,
Nasceu de grande mistério,
De uma índia engravidada.

Sendo um feito misterioso,
Expulsaram-na da tribo,
E Mandi menina branca,
Ela também foi rejeitada.

Refugiou-se na floresta,
Numa oca improvisada,
E uma inesperada ajuda,
Em suas mãos veio parar.

Era de um povo altruísta,
De uma aldeia adiante,
Que tiveram dó da menina,
E da índia itinerante.

E o cuidado dispensado,
Correu a notícia distante,
Até a sua antiga família,
A que as fizeram errantes.

Quando o pajé viu Mandi,
E sua filha enxotada,
Não se conteve, e chorou,
Pediu aos deuses perdão.
Para poder perdoa-las.

Mandi menina pequena,
Sem ter contraído doença,
Misteriosamente morreu,
Não adiantou pajelança
Só de lembra me dá pena.

Viu-se a índia, desolada,
Levando Mandi nos braços.
Pra um terreiro da oca,
E lá ela foi enterrada.

A dor de perde-la era grande,
Derramaram prantos por horas,
Sobre o terreiro da oca,
Fez-se um brotar verdejante.

Era Mandi, renascendo,
Com suas raízes fortes, e brancas,
Tornou-se um bom alimento,
Livrando o seu povo da fome.

E até hoje,
É cultivada na roça.

29 de novembro de 2007

REPRIMENDA - Série: Andanças

Vou te falar seu moço,
Sem fazer muito alvoroço,
Nunca ouvi tanta sandice,
Defenderei sem muito esforço.

É certo nem todos gostam,
Nem são obrigados a gostar,
Mas é quase uma indecência,
Do que é rimado, mal falar.

Gosto de poesias com rimas,
É dela que se anima o povo,
Desde a cantoria ao cordel,
Verdadeiras obras primas.

Versos festivos, declamados,
Escritos bem trabalhados,
Feito por gente bem simples,
Poetas, sem terem estudado.

E rimando faz-se à festa,
Sanfona, violão e seresta,
Pinga, Rapadura e macaxeira,
É pouco, mas pro povo presta.

Desculpem minha escassa eloqüência,
Peço, tenham a santa paciência,
Com as poesias, e os poemas rimados,
Tenho dito.
Até breve, e obrigado.

28 de novembro de 2007

A VIDA EM TRÊS ATOS - Série: Andanças

ATO I
Mocidade!
Linda idade!
Tanta incerteza ainda.
Tudo que existe é encantado,
Deslumbra-se o ser vivente,
Do que faz, nada é finito,
E tudo que tem, lhe apraz.
Frente a frente com a verdade,
Divaga uma realidade,
Que não consegue enxergar.
Ao menor dos elogios,
Transforma-se exuberante,
E num trono quer sentar,
Criando mil fantasias,
Querendo que o mundo seja,
Como é o seu pensar.
Desconhece o perigo,
Próprio da pouca idade,
Chora pra defender-se,
De qualquer dificuldade.
Mocidade!
Linda Idade!
Que alegria relembrar.

ATO II
Média idade!
Linda idade!
Bem dura de enfrentar.
Inevitável seqüência,
Cuja passagem é tão curta,
De tudo é difícil lembrar.
Os passos parecem alados,
Nos deixamos envolver,
E ascender inebriados.
Dizemos ser realistas,
Com poder quase de um Deus,
Crendo poder tudo enfrentar.
Mas, à menor das desventuras,
Tropicamos as próprias pernas,
Ao ver o devaneio acabar.
E numa reversão de consciência,
Fruto de uma vivência,
Empreendemos novos rumos,
Sem ter medo de errar.
Média idade!
Linda idade!
Paixão e força pra lutar.

ATO III
Velha idade!
Linda idade!
Toda essência reunida.
Num mundo também encantado,
De real e de verdades,
Com pureza e veleidades.
Faz do fato interessante,
Talvez o mais importante,
Do tempo não se importar.
Esperando a paz do ocaso,
Dessa vida que é só uma,
E não é pra desperdiçar.
Uma fase descontraída,
Passível, e comum á todos,
Vivemos e fomos moldados.
Vai-se o tempo, é notório,
Independente da idade,
Então comece a exercitar.
Pois todo novo é meio velho,
Todo velho e meio novo,
Todos eles sabem amar.
Velha idade!
Linda idade!
Eu queria chegar lá.

27 de novembro de 2007

CONSUMIÇÃO - Série: Por Ai aQui e aLi

Meu desejo de te querer,
Está me matando.
Devagar,
Bem aos poucos.

Teu olhar,
Desviando do meu.
Envenena-me,
Queres-me louco?

Que amor indeciso,
É este teu, amor!
Fico em silêncio,
Dele, eu preciso.

Até quando agüentar,
Tua encenação.

Ou fique,
Ou vá,


O que resta de mim,

É pouco.

25 de novembro de 2007

UM SALTO NO AR E, VIDA - Série: Andanças

Saltar no ar por desatino,
Nunca,
Não para qualquer destino,
Saberei antes para onde vou?

Tenho para onde ir,
Mas não quero.
Estou sufocado, com medo.
Não sei qual o destino.

Ir ou deixar é dúvida,
Será solução para meus ais?
Sei que não.

Quero viver.
Mas com vida.

Pois ainda vejo luz,
O ar é rarefeito,
Mas com gosto de vida.
A vida me seduz.

Não sou dono de mim,
Não sou dono de ti,
Nem da vida.

A partir de agora,
Tu me comandas,
Vida.

Páginas passadas,
Rasgadas.

Horas manchadas,
Apagadas.

Vida mórbida,
Curada.

Eu preciso viver,
Até quando for preciso

E eu preciso,
De vida.

Eu irei.
A procura dela,
Seja lá onde for,

Mas,

Com vida.

22 de novembro de 2007

FEIJÃO PROLETÁRIO - Série: Andanças

Vai lá minha preta,
Vai lá.
Ponha o fogão pra esquentar.

Enfia na boca do bicho,
Umas duas achas de lenha,
Pro fogo não apagar.

Escolha os grãos do pretinho,
Que comprei com uns trocadinhos,
Junto com a couve e o toucinho.

Pegue a panela areada,
Da tampa apretejada,
E bote o feijão pra cozer.

Mas antes,
Vê se não esquece,
Ponha gordura, o bastante,
Senão o tempero empretece.

Enquanto o feijão cozinha,
Descasque algumas laranjas,
Sirva-me uma pinga da boa,
A mesa, eu vou arrumar.

Deixe o avental de lado,
E já pro meu colo pretinha,
Que eu quero te namorar.

Estou com muita saudade,
De feijão e sacanagem,
Hoje,
A gente vai se fartar.

15 de novembro de 2007

FADAS MENINAS - Série: Andanças

Fadas meninas,
Poema, canção.
É Bella e Catarina,
Ou é Catarina e Bella.
Sutil a beleza delas
De fadas a meninas, vão.

Não sei qual delas
A mais bela.
Se Bella, se Catarina,
Ou Catarina e Bella.
Neste poema ficarão,

Se fadas,
Ou se meninas,
Se Bella ou Catarina,
Qual pintura de aquarela,
De igual beleza são.

Não. Não são somente minhas,
Pois é um poema, é uma canção,
Encanta, quando se encontram,
E com a beleza,


As mãos se dão.

TE PERDÔO - Série: Por Aí aQui e aLi

Não impedi quando fostes,
Voltastes com rasuras,
Alma despida.

Recatas em tuas faces,
Marcas de amarguras,
Dores sem curas.

Venha!
Eu te perdôo.

Eis minhas mãos...
Vem!


Segura!

9 de novembro de 2007

VIDA ESTAÇÃO - Série: Andanças

És jovem, iluminada de verões,

Desejando a cada outono inovações.

Como na vida, um inverno sempre terás,

Espere... Não terminei o meu poema!

Mas das primaveras,

Tu jamais esquecerás.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

Buffering...