AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

28 de junho de 2007

ANÔMALO - Série: Andanças

São coisas não reveladas,
E tão difícil de aceitar
A vida não nos adverte
Com quem a razão está.

Por mais que realidade
É impossível acreditar
Que dentro de um ser humano
O mal possa habitar.

Não digo um tão diabólico
Qual vê-se em ficção
Mas aquele, lá dentro dormindo.
Num cantinho do coração.

Coração que canta alegre
E que Irradia paixões
Como pode, ele próprio,
Ser um cofre de ilusões.

Consegue enganar amigos
Usar um ser como coisa
Prometendo e não cumprindo
Caluniando pessoas.

Sim, existe infelizmente,
Quem só pensa aniquilar
Não sei como lhe dar um nome
Nem tão pouco confiar.

Enfim, assim é a vida.
O segredo, é suportar
Talvez, um dia veremos
Toda a maldade dissipar.

27 de junho de 2007

VISITANTE - Série: Por Aí aQui e aLi

Antes que seus olhos se abrissem,
Ele te visitou.
Aproveitando o frescor matinal
Desgarrou-se de mim
E num voo curto e suave
Entrou pela janela do seu quarto
Pousou próximo ao seu corpo.
E com o olhar admirado
Ficou ali horas parado, como que hipnotizado,
Sua beleza o atingiu como um raio encantado,
Ao ver seu corpo desnudo, de pele clara como a manhã,
Lábios rosados, cabelos negros e alongados.

Seus olhos semicerrados, fingias que dormia,
Na verdade admiravas o visitante alado,
Perguntando para si mesma.
Quem afinal seria?.
Se voltar a acontecer,

Não se assuste!
Esse visitante, é o meu pensamento,
Ele voa toda manhã até você
Como a primeira atividade do dia.

VÍCIO - Série: Por Aí aQui e aLi

O gosto da volta ao vício
Das coisas que dão prazer
Fumar, beber e amar
Tudo bem devagarinho.

Tragar o ar que respiras
Beber o mel da sua boca
Amar você inteirinha
Minha vida assim se alinha.

Vou fazer você feliz
Sou capaz, nem imaginas
Volto ao vício por você, não ligo
Nada disso me incrimina.

Só assim posso viver
Só você me alucina
Por você pago pra ver
Nem que eu fique na ruina.

25 de junho de 2007

INIMIGA - Série: Andanças

Pensamento vago, longe, já sem alcance
Coração rasgado, de dor, quase incompleto
Amei contudo, todas, e ao mesmo tempo
Não senti passar a vida, meu lugar foi sempre incerto.

Antes sorria, tantos gestos, mil astúcias
Hoje só provoco ira, e logo, me vem a angústia
Vejo o passado, através desse espelho turvo
Do que vivi intensamente, sem lembrar minúcias.

O que sinto agora, já não me machuca tanto
Pois fechei meu corpo, meu ser, e minha cabeça
Essa ilusão maldita, vá embora, não me aborreça
Não vou contar as horas, vá, não volte, e me esqueça.

Sem medo zombo da sorte minha inimiga
Pelo muito que eu vivi, e por tudo passei
Ela que me visita, e sempre que pode furta
O prazer que tenho, de sonhar com o que amei.

LÁGRIMAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Rolaram lágrimas em nossas faces, tão imaturas
Em momentos de emoção, tão inseguras
Somos almas que não querem magoar-se
Emocionam-se quando as palavras são mais duras.

Chorando, assim estamos aquecendo
Muito mais o que sentimos até agora
Sentimento que é tão grande entre nós
Que cultivamos, em muitas e muitas horas.

Como vê, perdoamos, estamos rindo
Isso é bom, outra vez assim nos damos
Essa força embora estranha atraindo
Talvez sim, bem distante nos amamos.

Essa atração que tanto se fez ausente
Por mais que ainda tão difícil acreditar
Entendemos, só nos resta esse momento
Se estamos juntos, nada mais pode importar

22 de junho de 2007

RESTOS - Série: Por Aí aQui e aLi

Destemido como um pássaro em seu ninho
Protegi-a para nunca ser cortada
Pensei ter pra sempre o que plantei
Nobre árvore, tão bela e admirada.

Mas o destino, ele se fez tão imutável
Me lançou contra a vontade nesse impasse
Impio, corteia-a com muita dor
Não entendo porque fui tão implacável.

O madeiro, eu juntei-o em soluços
Fiz um barco e dei-lhe o nome de "Saudade"
Assim teria uma alguma coisa que a lembrasse
De agora, quiçá até a eternidade.

O suor que brotava do meu rosto
Mãos sangrentas, e obra inacabada
O machado era pesado e fatigava
Mas ri feliz, da labuta terminada.

Com a alegria estampada em meu rosto
Vi a vela devagar foi sendo içada
A mercê daquela brisa, que a inflava
Como a com vida, querendo ser arejada.

Assim fiz sua vontade, e contra a minha
Sozinha deixei-a singrar o mar
Lamentei naquele instante o meu descuido
À deriva minha náu foi se encontrar.

Escapou-me das mãos, cordas roidas
Tão fracas como meu velho coração
Mãos fortes, mas ideal enfraquecido
Perdi um bem que antes era protegido.

Sentei-me então, à beira daquele cais
Solitário, e num pranto repetido
Pensei. Que pena! Trabalho inútil
Destino! Veja, o que fizeste comigo!

Tornei-me um homem velho e tristonho
Por ter duas vezes te perdido
Me restando de lembrança do naufrágio
Os destroços que guardei em meu abrigo.

21 de junho de 2007

PALCO - Série: Por Aí aQui e aLi

Bem sei que a nossa vida
É feita de muitos atos
Como uma peça de teatro
Mostrando coisas de riso
E coisas tristes de fato.

Rimos das nossas tristezas
Para não sentir muita dor
Mesmo a mais dolorida
Como a de sofrer por amor.

Talvez você me pergunte
Mas que dor idiota é essa
Não lhe responderei agora
Não cabe a mim essa peça.

Mas imagine você amando
Apaixonadamente outro ser
E sem que possa impedí-la
A vê saindo sorrindo
Para com um outro se ter.

Importa até se o motivo é fugaz
Só quem fica, se consome, e que sente
O coração que de quente
Fica frio e diferente
Nem parece que é da gente.

Ninguém quer sentir uma dor
Muito menos a dor de amor
Mas quando o coração é palco
No teatro de sua vida.
Aprende muito aceitar

Os muitos e muitos atos
De todas as coisas de risos
Coisas de dor
E tristes de fato

CIDADE AGRESTE - Série: Andanças


Era uma mulher bem simples
Esperta e trabalhadeira
Contou-me assim sua glória
Num dia de quarta-feira.

Morava longe daqui
Até bem pouca idade
Mas por força do destino
Veio parar na cidade

Casou-se cedo ainda
Da união, só ilusão
Foi quando acordou pra vida
E um dia disse, não.

Cansada já dos maltratos
De aceitar os desacatos
Sem soltar os desabafos
Pois era seu amor primeiro.

Seu homem não merecia
O amor que ela pedia
E se esforçava todo dia
De não fechar seu coração.

Aí, sem que se conteste
Num casal é natural
Desse relacionamento
Nasceram duas lindas tiétes.

Com as meninas crescendo
O pai sumiu da cidade
Mudando toda a sua via
Quanta responsabilidade.

Foram dias de tristesa
Difíceis de relatar
Somente quem os viveu
Teve coragem pra contar.

Mas era uma mulher de fibra
Lutou, esperou com paciência
Trabalhou dias a fio
Pra sua sobrevivência.

Eis que surje um belo dia
Não sei se em dezembro ou janeiro
E por todas suas qualidades
Conquistou outro parceiro.

Um cabra macho por inteiro
Que assumiu sua família
Um companheiro merecido
Pra ganhar dela um herdeiro

Não sei mais do seu destino
Por certo ela ainda é feliz
E lembrando aquela prosa
Creio que ouvi-la, um bem fiz

Isso até parece uma estória
Pra contar a qualquer hora
Mas tudo isso é verdadeiro
Pois bem conheço essa senhora.

20 de junho de 2007

COMPARAÇÃO

Forte e constante é seu bailado,
Vento que sopra do sertão.
Dobrando sem pena, arbustos e árvores,
Varrendo lembranças, e jogando no chão.

Fazendo o tempo, ficar melancólico,
Escuro, e chuvoso, com raios e trovões.
Mudando o pensar, da gente que pensa,
Cristalizando almas, abafando emoções.

É hora de sentar-se, quieto à mesa,
Num canto, a esmo, e com a solidão.
Colocar-se à frente, de uma vela acesa,
Geralmente curta, e sem quase clarão.

Fazer debruçar, sobre os braços cansados,
O olhar nessa chama, devagar se acabando.
Comparando assim, com o amor que já teve,
Sem entender do porque, e ver tudo findando.

Essas coisas na vida, acontecem e nos mostram,
Nada somos comparados, com que o destino arruma.
Nesse pensar, cerrei meus olhos, demais sonolentos,
Dormi na escuridão, e sem paz nenhuma.


in, ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE - 1991 - Litteris Editora

ELAS... - Série: Por Aí aQui e aLi


Elas...
São como as maçãs,
Só desejo as doces.
As do topo da planta,
Talvez duras, azedas, ácidas,
É uma tentativa vã.
As caídas,

Geralmente tenras, doces, e fáceis,
Se tem sem muito afã.
E assim,

Amo-as!

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

Buffering...