AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

7 de dezembro de 2007

RÉU CONFESSO

Perdão amor,

Não posso te acariciar mais,

Tenho minhas mãos sujas,

Inepto de consciência,

E minha alma em pecado.

Adeus.

5 de dezembro de 2007

FEROMÔNIO - Série: Por Aí aQui e aLi

Acordo.

Abajur apagado,

Não te vejo,

Nem te sinto.

Procuro-te sob os lençóis,

Não te acho,

Nem tampouco

Os rastros.

Apenas o teu perfume

Deixado.

No ar,

No hálito,

Na pele,

No edredom.

ADÔNIS - Série: Andanças

Acorda.

Da janela,
Bela manhã.
Sol brilhante,
Moldura celeste.

Levanta-se,
Barbeia-se,
Perfuma-se.

Veste-se,
Do seu melhor.
De azul.

Pés nus.

À mesa,
A garrafa.
Do gargalo,
O primeiro trago.

Bela manhã!

Apossa-se da pena,
Sorri.

Do cabeçalho,
Em caixa alta.
Segue escrevendo,
Voando errante,
Além da imaginação.

O poeta elegante
.

TORTURADO - Série: Andanças

Eu,

Não sei mais quem sou.

Tenho mãos a ferro.
E entre ferros,
Pouso o meu rosto.

Covardemente imolado,
Transfigurado,
Amargurado.

Dor.

Não me incomoda mais,
É o menor dos sofrimentos.

Entrelinhas,
Esperança.

Ou melhor.

Não querer,
Esperança.

Talvez.

Nada querer,
Nem esperança.

Assim.

Fico livre de desejos.

Fico eu.

30 de novembro de 2007

MANIHOT. ERA UMA VEZ...


A lenda assim é contada,
Mandi a menina branca,
Nasceu de grande mistério,
De uma índia engravidada.

Sendo um feito misterioso,
Expulsaram-na da tribo,
E Mandi menina branca,
Ela também foi rejeitada.

Refugiou-se na floresta,
Numa oca improvisada,
E uma inesperada ajuda,
Em suas mãos veio parar.

Era de um povo altruísta,
De uma aldeia adiante,
Que tiveram dó da menina,
E da índia itinerante.

E o cuidado dispensado,
Correu a notícia distante,
Até a sua antiga família,
A que as fizeram errantes.

Quando o pajé viu Mandi,
E sua filha enxotada,
Não se conteve, e chorou,
Pediu aos deuses perdão.
Para poder perdoa-las.

Mandi menina pequena,
Sem ter contraído doença,
Misteriosamente morreu,
Não adiantou pajelança
Só de lembra me dá pena.

Viu-se a índia, desolada,
Levando Mandi nos braços.
Pra um terreiro da oca,
E lá ela foi enterrada.

A dor de perde-la era grande,
Derramaram prantos por horas,
Sobre o terreiro da oca,
Fez-se um brotar verdejante.

Era Mandi, renascendo,
Com suas raízes fortes, e brancas,
Tornou-se um bom alimento,
Livrando o seu povo da fome.

E até hoje,
É cultivada na roça.

29 de novembro de 2007

REPRIMENDA - Série: Andanças

Vou te falar seu moço,
Sem fazer muito alvoroço,
Nunca ouvi tanta sandice,
Defenderei sem muito esforço.

É certo nem todos gostam,
Nem são obrigados a gostar,
Mas é quase uma indecência,
Do que é rimado, mal falar.

Gosto de poesias com rimas,
É dela que se anima o povo,
Desde a cantoria ao cordel,
Verdadeiras obras primas.

Versos festivos, declamados,
Escritos bem trabalhados,
Feito por gente bem simples,
Poetas, sem terem estudado.

E rimando faz-se à festa,
Sanfona, violão e seresta,
Pinga, Rapadura e macaxeira,
É pouco, mas pro povo presta.

Desculpem minha escassa eloqüência,
Peço, tenham a santa paciência,
Com as poesias, e os poemas rimados,
Tenho dito.
Até breve, e obrigado.

28 de novembro de 2007

A VIDA EM TRÊS ATOS - Série: Andanças

ATO I
Mocidade!
Linda idade!
Tanta incerteza ainda.
Tudo que existe é encantado,
Deslumbra-se o ser vivente,
Do que faz, nada é finito,
E tudo que tem, lhe apraz.
Frente a frente com a verdade,
Divaga uma realidade,
Que não consegue enxergar.
Ao menor dos elogios,
Transforma-se exuberante,
E num trono quer sentar,
Criando mil fantasias,
Querendo que o mundo seja,
Como é o seu pensar.
Desconhece o perigo,
Próprio da pouca idade,
Chora pra defender-se,
De qualquer dificuldade.
Mocidade!
Linda Idade!
Que alegria relembrar.

ATO II
Média idade!
Linda idade!
Bem dura de enfrentar.
Inevitável seqüência,
Cuja passagem é tão curta,
De tudo é difícil lembrar.
Os passos parecem alados,
Nos deixamos envolver,
E ascender inebriados.
Dizemos ser realistas,
Com poder quase de um Deus,
Crendo poder tudo enfrentar.
Mas, à menor das desventuras,
Tropicamos as próprias pernas,
Ao ver o devaneio acabar.
E numa reversão de consciência,
Fruto de uma vivência,
Empreendemos novos rumos,
Sem ter medo de errar.
Média idade!
Linda idade!
Paixão e força pra lutar.

ATO III
Velha idade!
Linda idade!
Toda essência reunida.
Num mundo também encantado,
De real e de verdades,
Com pureza e veleidades.
Faz do fato interessante,
Talvez o mais importante,
Do tempo não se importar.
Esperando a paz do ocaso,
Dessa vida que é só uma,
E não é pra desperdiçar.
Uma fase descontraída,
Passível, e comum á todos,
Vivemos e fomos moldados.
Vai-se o tempo, é notório,
Independente da idade,
Então comece a exercitar.
Pois todo novo é meio velho,
Todo velho e meio novo,
Todos eles sabem amar.
Velha idade!
Linda idade!
Eu queria chegar lá.

27 de novembro de 2007

CONSUMIÇÃO - Série: Por Ai aQui e aLi

Meu desejo de te querer,
Está me matando.
Devagar,
Bem aos poucos.

Teu olhar,
Desviando do meu.
Envenena-me,
Queres-me louco?

Que amor indeciso,
É este teu, amor!
Fico em silêncio,
Dele, eu preciso.

Até quando agüentar,
Tua encenação.

Ou fique,
Ou vá,


O que resta de mim,

É pouco.

25 de novembro de 2007

UM SALTO NO AR E, VIDA - Série: Andanças

Saltar no ar por desatino,
Nunca,
Não para qualquer destino,
Saberei antes para onde vou?

Tenho para onde ir,
Mas não quero.
Estou sufocado, com medo.
Não sei qual o destino.

Ir ou deixar é dúvida,
Será solução para meus ais?
Sei que não.

Quero viver.
Mas com vida.

Pois ainda vejo luz,
O ar é rarefeito,
Mas com gosto de vida.
A vida me seduz.

Não sou dono de mim,
Não sou dono de ti,
Nem da vida.

A partir de agora,
Tu me comandas,
Vida.

Páginas passadas,
Rasgadas.

Horas manchadas,
Apagadas.

Vida mórbida,
Curada.

Eu preciso viver,
Até quando for preciso

E eu preciso,
De vida.

Eu irei.
A procura dela,
Seja lá onde for,

Mas,

Com vida.

22 de novembro de 2007

FEIJÃO PROLETÁRIO - Série: Andanças

Vai lá minha preta,
Vai lá.
Ponha o fogão pra esquentar.

Enfia na boca do bicho,
Umas duas achas de lenha,
Pro fogo não apagar.

Escolha os grãos do pretinho,
Que comprei com uns trocadinhos,
Junto com a couve e o toucinho.

Pegue a panela areada,
Da tampa apretejada,
E bote o feijão pra cozer.

Mas antes,
Vê se não esquece,
Ponha gordura, o bastante,
Senão o tempero empretece.

Enquanto o feijão cozinha,
Descasque algumas laranjas,
Sirva-me uma pinga da boa,
A mesa, eu vou arrumar.

Deixe o avental de lado,
E já pro meu colo pretinha,
Que eu quero te namorar.

Estou com muita saudade,
De feijão e sacanagem,
Hoje,
A gente vai se fartar.

15 de novembro de 2007

FADAS MENINAS - Série: Andanças

Fadas meninas,
Poema, canção.
É Bella e Catarina,
Ou é Catarina e Bella.
Sutil a beleza delas
De fadas a meninas, vão.

Não sei qual delas
A mais bela.
Se Bella, se Catarina,
Ou Catarina e Bella.
Neste poema ficarão,

Se fadas,
Ou se meninas,
Se Bella ou Catarina,
Qual pintura de aquarela,
De igual beleza são.

Não. Não são somente minhas,
Pois é um poema, é uma canção,
Encanta, quando se encontram,
E com a beleza,


As mãos se dão.

TE PERDÔO - Série: Por Aí aQui e aLi

Não impedi quando fostes,
Voltastes com rasuras,
Alma despida.

Recatas em tuas faces,
Marcas de amarguras,
Dores sem curas.

Venha!
Eu te perdôo.

Eis minhas mãos...
Vem!


Segura!

9 de novembro de 2007

VIDA ESTAÇÃO - Série: Andanças

És jovem, iluminada de verões,

Desejando a cada outono inovações.

Como na vida, um inverno sempre terás,

Espere... Não terminei o meu poema!

Mas das primaveras,

Tu jamais esquecerás.

28 de outubro de 2007

O COMEÇO DO FIM - Série: Andanças

- Ei! Fumante,
- Aproxima-te,
- Devagar,
- Apague o cigarro, por favor!
- Vem, agora pare.
(tosse, tosse, tosse)
- Descanse agora,
- É temporário.
(tosse, tosse, tosse)
- Ó por Deus, apague-o!
- Aqui não é permitido,
- E ainda, me faz fumar contigo!
- Veja, chegamos à terra, quadra 52.
- Parece-me um bom terreno.
(tosse, tosse, tosse)
- Ó por Deus, não morra agora!
- E a lápide?
- Queres de mármore?

16 de outubro de 2007

AMOR RAREFEITO - Série: Por Aí aQui e aLi

Andei solto, descalço por aí,
Feri meus pés a procurar por ti.
Sangrei também a minha alma, senti,
Mas diante de tanta dor, sorri.

Galguei tuas montanhas, sofri,
O ar rarefeito do teu amor revi.
Soou meu grito, e no eco eu ouvi,
Que minha alma flutuava, eu vi.

Singrei sozinho os mares, sumi,
Sem pensar em nada, deixo aqui.
Nesse mar revolto, tudo o que vivi,
E com o som da tua voz, dormi.

Sei agora choras por mim, e daí!
Não voltarei, te abortei, desisti.
Sem o calor do teu corpo, resisti.

Mas diante de tanta dor, morri.

28 de setembro de 2007

CONFISSÃO - Série: Por Aí aQui e aLi

Esperei com ansiedade este dia,
Pois jurastes que de novo não farias,
Confessaste o teu erro calma e firme,
Que me fizestes
acreditar no que dizias

Fiquei, sereno, esperei um pouco ainda,
O momento que você escolheria,
Pensastes, pois não podias magoar-me,
Tinha certeza que um dia tu dirias.

Escondestes, de mim, e sem razão,
Uma verdade que há muito eu já sabia,
Estou feliz, pois você voltou atrás,
Confessando trouxe a paz que eu queria.

Aprendestes, a lição, te redimistes,
Sussurrando em meu ouvido sem alarde,
Dissestes com a voz emocionada,
Conviver com a verdade nunca é tarde
.

24 de setembro de 2007

IN NATURA - Série: Por Aí aQui e aLi

Sei que vives algum tempo um romance,
Mas nem por isso eu consigo esconder.
Algo estranho, em mim sempre acontece,
Toda vez que eu te vejo aparecer.

Diferente , é ver teu corpo todo ornado,
Pois nua e bela estais em todos os meus sonhos.
Posso parecer um imoral, até concordo,
Sou natural, e pra você, não tão estranho.

Entenda-me, num olhar , sem que eu pergunte,
E tente crer, no que hoje te proponho.
Beba esse poema que ora eu te escrevo,
E faça ser realidade meus belos sonhos.

O tão pouco que ficaste perto um dia,
Impregnou-me com teu perfume "in natura".
Teus gestos, e teu olhar meigo e tristonho,
Dos meus olhos tu fugiste insegura.

Embriaga-me, com teu jeito que me encanta,
Ages ao meu gosto, nunca mudes pra existir.
Refaço os caminhos, pra te encontrar um dia,
Quero descobrir teu corpo, te amar, e te florir.

21 de setembro de 2007

AGONIA - Série: Andanças

Por Deus!
Quem está aí?
É você...?
É você...?
Mas que loucura!
Acordei de um pesadelo.
Minha boca com secura,
Me fez correr, e beber água pura.
Enquanto bebia, pensava.
Que loucura! Que loucura!
Meu coração aflitivo, trepidava,
E se perguntava, quem era.
Comecei a relembrar o que sonhava,
Aos poucos fui recordando.
Meu peito arfava.
E grande barulho fazia,
Como um bater de porta.
Era você querendo entrar,
Mas até então, eu não sabia.
Na cama o sonho me prendia,
Sem eu poder abrir naquela hora
A minha porta pra você podia.
Acordei naquela manhã fria,
Gritando, quase em agonia.
Enquanto frente aos meus pés,
Você flutuava no quarto,
Sob os brilhos, dos véus esvoaçantes,
Zombava de mim e sorria.

É VOCÊ - Série: Por Aí aQui e aLi

Quem é você?
Que me faz amar,
Que me faz voar,
Que me faz sonhar.
Quem é você?
Que me faz chorar
E rir com o coração.
Quem é você?
Que parece inexistir.
Abro os meus olhos.
Vejo você.
Existindo pra mim.

LUXÚRIA - Série: Por Aí aQui e aLi

Nossos corpos se entrelaçam,
Com furor, calor e energia,
As carícias vão crescendo,
Num mar de grande euforia.

Sentimos um rubor nas faces ,
Nossos órgãos em dormência,

Descontrolando o pensamento,
Da desordem, à demência.

Abandonamos a terra,
Êxtase, melhor não seria,
Brindamos o momento gozoso,
Na seiva que nos fez um dia.

Incompreensível?. Não!
Coisas da natureza?. Sim!
Viva, limpa e pura como àgua
Que deixo jorrar de mim.

12 de setembro de 2007

MEUS SONHOS - Série: Por Aí aQui e aLi

Não costumo sonhar enquanto durmo
Mas nesta noite ele foi todo com você.
Voamos, bem alto por entre as nuvens
De mãos dadas, sem rumo pra descrever

De repente, foi meu sonho interrompido,
Fortes batidas, era um pulsar de coração
Espantei-me, pois pensei ter esquecido
Os sons, reproduzidos pela emoção

Deitei-me, logo após ao sobressalto,
Com o meu olhar, fixo no firmamento,
Querendo eu, entre as estrelas encontrar
O teu brilho, eternizado em meus momentos

Irreal, mas aos meus olhos realidade,
Um jeitinho pra saudade eu dissipar.
Assim vou, me agarrando às lembranças,
Dos meus sonhos, como verdades para lembrar.

1 de setembro de 2007

AMIGO SOL - Série: Por Aí aQui e aLi

O meu sol, que se põe a cada dia,

De manhã voltará me despertar.

Grandioso, brilhante, a fulgurar,

Seguindo pra onde o poente está.

Passa irradiando calor e energia.

Ontem, hoje, amanhã, todos os dias

Sinto que faz isso com alegria,

Como se fosse um amigo encontrar.

15 de agosto de 2007

TRIBUTO A OLIN - Série: Andanças

Posso hoje entender!
Por que ele não tinha só pra si,
Dividia o pouco com os seus.

Os frutos conquistados,
O provento, o alimento,

A sua vida.
Pra isso, noite e dia, só labuta,
Pra poder sustentar,
Para ser o pilar.
Feliz, arrastou seus fardos,
Pesados demais para seu débil corpo,
Assim foi por quase um século,
Lembro-me,
Quão árduo era o seu trabalho,
Lida que o fez curvar-se, esgotado,
O corpo, porém, não a cabeça.
Disfarçava o desgaste,
Isso fazia muito bem,
Sem vaidade,
Argüido sobre sua vida,
Jogava o olhar noutro ponto,
Para tirar a atenção do fato,
Um artifício para não mostrar,
Que envelhecera rápido.
As marcas no corpo, um templo.
O semblante, cada vez mais doce,
Os males e as dores não tiraram dele,
O sorriso,
A calma,
A resignação,
A alegria.
Euforia!
Cena máxima. A família reunida.
Era prêmio. O afago de um filho.
O beijo de um neto então!,

A explosão. Um inflar de amor.
Lágrimas nos olhos?
Só pela dedicação da mulher.
Muitas coisas num único ser,

Que invejável homem!
Não dá pra esquecer nunca!
Vou lembrar daquele meu velho,
Há se vou! Sempre!
Parece que ainda ouço,
Seus passos arrastados,
Daqueles pezinhos frágeis,
Descendo os degraus do tempo,
Empunhando a bengala.
Mãos incrivelmente firmes,
Que tinham veias azuladas, e que
Serpenteavam aparentes,
Desenhando em relevo os dorsos
De suas velhas mãos,
De pele rústica, resistente e,
Rugas denunciadoras,
Fruto do exagerado manuseio.
Gravei na memória,
Antecedendo,
O meu vago olhar, no fim.
Ao perceber ser aquele o último,

Não mais que isso, mas o suficiente,
Antes vê-las sendo cruzadas,
Justapostas em definitivo.
Ato singular.
Ficou gravado em mim,
As marcas dele.
Lembranças dele.
Das linhas enrugadas no rosto,
Das veias azuis adornando suas mãos,
Do sorriso calmo, deixado.

Sinto saudade,
Daquele velho homem!
Há! Como sinto saudade!.
Por isso sorrio,
Quando sinto saudade.
Sorrio, como se sorrindo.
Com ele.
Sorrio, como se afagando.
Ele.
Sorrio, pra não esquecer.
Dele.
Sorrio, pra não chorar.
De saudade.
Daquele meu velho pai.

Do meu pai.
Meu pai.

Ó Pai!

31 de julho de 2007

MUDANÇAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Mudaste,
Aquietou-se por mim.
Sinto que mudaste!
Não que outros notassem.
Mas mudastes!
Nada de bom ou mal fizeste
Para que eu reparasse,
Mas mudaste!
Tanto de mim esperas,
Sem pranto, sem acalanto,
Anciosa, acuada nesse espaço,
Como quem apaixonada,
Paciente, bela, benevolente.
A espera do meu voltar, sente,
O chegar de uma notícia,
Mesmo tarde, mas que fosse,
Um bilhete, um email, um alô,
Não somente no outro dia,
Mas sim, naquele breve instante,
Que dispunha esperar.
Esperar, esperar, sem desesperar.
Deixo triste minha mulher menina.
Me condeno, por estar só, murmuro.
Percebo que estou longe, grito
"Também te espero muito, e aos prantos,
Vivo capisbaixo e pelos antros,
Tenho saudade de você, e canto".
Sou predestinado aos desencantos,
Que quando eu volto, é sem notar.
Com frio na alma, razão nua, sem manto.
Sigo meu caminho interminável,
Vai clareando a cada passo,
Anunciando o meu chegar,
Vendo mudar essa espera triste,
Sendo arrastada pela certeza,
Para um lindo reencontrar.
Vou envolvê-la em meus braços,
E depois de um longo abraço,
Sentirás dos meus lábios os traços,
A recompensa do esperar.

12 de julho de 2007

MENTIRAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Mentiras, mentiras, mentiras!
Por dizer tantas mentiras
Escondes teus olhos de mim
Mas eles não falam mentiras.

Tão irreais são os seus sonhos
Acorde, volte a ter lucidez
Vista o véu da verdade
Pra não mentir outra vez.

Promessas de mil carinhos
Juras de amor infinito
Fingiste todo esse tempo
Acabou virando um mito.

Quase todos, muito guardam
Uma paixão louca por ti
Sem duração, com final rápido
Qual um vôo de colibri.

Vai assim acontecendo,
E eu ainda preso à você
Vivendo com suas mentiras,
Mas querendo delas esquecer.

Verás um pouco mais adiante,
A vida lhe mostrará
Os estragos irreparáveis
Que vais querer consertar.

Mesmo eu não te amando
Ou se você também não
O tempo passará rápido
Se com mentiras, sem perdão.

Mentiras, também já as disse
Até pra salvar a verdade
Mentiras de todo o jeito
Na mais pura caridade.

Mas mentiras no amor, não aceito
Faz o coração sofrer demais
Só te peço que acredite
Que não te menti jamais.

11 de julho de 2007

SENSAÇÃO - Série: Por Aí aQui e aLi

Sonhei que morava
Numa casa cheia de sol,
E de dentro dela
Avistava-se um mar
Com seus tons de azuis,
Encrespados por carapinhas brancas.
Além da minha janela,
Dava pra ver
Os lábios desse mar,
Com suas areias, alvas e róseas,
Vez em quando
Sombreadas pelos montes,
Como se fossem os seios
Brotados do corpo
De uma jovem mulher.
Pintados cor de terra e
Verdes brilhantes.
Há! Quão feliz esse homem,
Que agora tem
Um coração apaixonado
E consegue ver tudo assim.
Pode ser que seja ilusão,
Mas estou acordado,
Essa é a sensação, quando você
Está bem perto de mim.

LIVRE - Série: Por Aí aQui e aLi

Não, mesmo que quizesse
Não poderia mais voltar atrás.
Me entreguei,
E me entrego agora mais.
Deixo-me levar a esse amor,
Como um barco solto
Após a tempestade.
Vivi tanto tempo
Enganando a eu mesmo
Sobre o que é amar.
As nuvens se foram.
Sei agora, que amar é ser livre.
Livre pra querer viver,
Viver pra poder sonhar,
Sonhar com você me amando.
Mesmo que seja somente
Sonhar...

VERDADES - Série: Por Aí aQui e aLi

Começou tudo como um sonho
Eu conheci seus segredos,
Que são tantos quantos os meus.
Eles passam em minha vida
Como páginas de um livro
De romances ou ficção.
E me deixo levar.
Mergulhando nessa leitura,
Bebendo tudo com gosto,
Com sabor de uma vida nova
Que é a sua, e que passou pra mim.
Com seus mil doces segredos,
E gotinhas de amargura.
Sonhos cheios de verdades
Como a água
Mais transparente e pura.

9 de julho de 2007

CORPOS ARDENTES - Série: Andanças

Na deserta praia, de repente avistei
Uma silhueta feminina, tez morena
Entre brancas ondas, cristalinas e serenas
Se banhando em delírios e frescor.

Me chegando mais pra perto do encanto
Perfeição, mas bonita e sensual era
Meu coração vibrou, pensei, quem dera!
Se ela quisesse, prostraria-me aos pés dela.

Sua voz que mais parecia um canto
Corpo dourado que ao sol se refletia
Nos olhamos, um minuto, o bastante
Apaixonados, amamos, até o findar do dia.

Nossos corpos, exaustos, ainda ardentes
Sentimos que algo estranho repetia
Apesar da brisa fria começada
Mais prazer e mais amor, acontecia.

SINA - Série: Por Aí aQui e aLi

De menina para mulher eu vi mudar
Como mulher, foste minha, ainda lembro
Confiava minhas canções e meus delírios
Sem teu corpo em minhas mãos, é um relento.

Passou o tempo mas ainda acredito
Que de você nunca terei decepções
Mas se algum dia esqueceres tais valores
Não espere, nunca mais terás canções.

Se tu pensas que estou longe e nada sei
Te enganas, pois a saudade aproxima
E se não tenho seus carinho como antes
Quero que saibas, sou teu rastro, sua sina.

Não me compare aos outros homens de sua vida
Que do teu corpo roubam o prazer que os mantém
Sou diferente mas também quero o teu corpo
Mas o que eu quero, muito mais, é o seu bem.

4 de julho de 2007

OLHOS DE SANGUE - Série: Andanças

O desprezo quando imutável
Entra penetrante, é aço, frio
Cortante como lâmina afiada
Dilacera as entranhas,
Aniquila fulminantemente os pensamentos,
Principalmente os amadurecidos por tantas, promessas,
Afirmações ditas, mas não crédulas.

Ele, o causador de uma dor aguda, incontrolável
Traiçoeiro, te empurra para o abismo, sem espaço,
De profundidade absolutamente indefinida,
Desfalece todas as vontades,

Que até então, pareciam realizáveis.
E nesse sincronismo,

Consegue destronar a razão dos mais puros sentidos.
Com impetuosidade sínica, segue deplorável,
Causa náuseas, igual tivesse rasgando a carne viva do corpo,
Faz jorrar a esmo o essencial da vida,
Deixa a alma em completo estupor.
Comparado qual um veneno paralizante, mortal,
Provocando uma síndrome interior fatal,
Deteriora a conciência até dos mais fortes e sábios,
Arranca brutalmente a essência da alma,

Deixa-a no chão,
Que desfalecida e desgastada pelas consequências,
Joga-se ao éter desconhecido,
Perdida como as águas vertentes,
Cujos cursos e atalhos também desconhecemos.
No desprezo, tantos nãos desnecessários são ditos,
Inocentes ou culpados, mas sempre injustos,
Pela sentença de suplício posta.
Deixa no rastro de sua indômita trajetória,
Olhos cor de sangue, rios de lágrimas,
Sofrimento e amarguras,
Causados pelo desamor.

PROMESSA - Série: Andanças

Menino que cresce
Inocente criança
Sem saber que a vida
É viver de esperança

Se agora embalado
Nos braços da mãe
Adiante com os próprios
Construirás amanhãs

Te invejo nas noites
Dormindo com os anjos
Por mais que me esforce
Já não tenho seus sonhos

Prometo que um dia
Grande homem serás
E de ser menino
Talvez tu lembrarás

Terás toda uma vida
Que ainda desconheces
Mas vais ter que enfrentar
Com uma força de mestre

Então já adulto
Um menino olharás
Lembrarás como eras
Mas não voltarás

Menino que cresce
De tudo mereces
Pedi aos seus anjos
Ouvir minha prece

1 de julho de 2007

PÁGINA - Série: Por Aí aQui e aLi

Me cansei de esperar por sua volta
Que até já esqueci como tu és
Só um detalhe ainda tenho na lembrança
O gosto doce, não provei noutra mulher.

É possível não pensar em ter você
Sei que é preciso de uma vez te esquecer
Já que é difícil de voltar, foi decidido
Eu e você, nunca mais, ser bem querer.

Quando então não sentir mais sua falta
Das promessas de paixão, dos desatinos
Estarás longe, no caminho escolhido
Ser feliz ou infeliz, é com o destino.

Hei de encontrar para o meu ninho, outra mulher
Que há de explorar o meu corpo, sem lamentos
Me entenderá e será minha o tempo todo
Abusando dos carinhos em meus momentos.

Essa página...
De nossas vidas
Nós rasgamos.
Recordação,
Se acaso houver,
Não lamentamos.

28 de junho de 2007

ANÔMALO - Série: Andanças

São coisas não reveladas,
E tão difícil de aceitar
A vida não nos adverte
Com quem a razão está.

Por mais que realidade
É impossível acreditar
Que dentro de um ser humano
O mal possa habitar.

Não digo um tão diabólico
Qual vê-se em ficção
Mas aquele, lá dentro dormindo.
Num cantinho do coração.

Coração que canta alegre
E que Irradia paixões
Como pode, ele próprio,
Ser um cofre de ilusões.

Consegue enganar amigos
Usar um ser como coisa
Prometendo e não cumprindo
Caluniando pessoas.

Sim, existe infelizmente,
Quem só pensa aniquilar
Não sei como lhe dar um nome
Nem tão pouco confiar.

Enfim, assim é a vida.
O segredo, é suportar
Talvez, um dia veremos
Toda a maldade dissipar.

27 de junho de 2007

VISITANTE - Série: Por Aí aQui e aLi

Antes que seus olhos se abrissem,
Ele te visitou.
Aproveitando o frescor matinal
Desgarrou-se de mim
E num voo curto e suave
Entrou pela janela do seu quarto
Pousou próximo ao seu corpo.
E com o olhar admirado
Ficou ali horas parado, como que hipnotizado,
Sua beleza o atingiu como um raio encantado,
Ao ver seu corpo desnudo, de pele clara como a manhã,
Lábios rosados, cabelos negros e alongados.

Seus olhos semicerrados, fingias que dormia,
Na verdade admiravas o visitante alado,
Perguntando para si mesma.
Quem afinal seria?.
Se voltar a acontecer,

Não se assuste!
Esse visitante, é o meu pensamento,
Ele voa toda manhã até você
Como a primeira atividade do dia.

VÍCIO - Série: Por Aí aQui e aLi

O gosto da volta ao vício
Das coisas que dão prazer
Fumar, beber e amar
Tudo bem devagarinho.

Tragar o ar que respiras
Beber o mel da sua boca
Amar você inteirinha
Minha vida assim se alinha.

Vou fazer você feliz
Sou capaz, nem imaginas
Volto ao vício por você, não ligo
Nada disso me incrimina.

Só assim posso viver
Só você me alucina
Por você pago pra ver
Nem que eu fique na ruina.

25 de junho de 2007

INIMIGA - Série: Andanças

Pensamento vago, longe, já sem alcance
Coração rasgado, de dor, quase incompleto
Amei contudo, todas, e ao mesmo tempo
Não senti passar a vida, meu lugar foi sempre incerto.

Antes sorria, tantos gestos, mil astúcias
Hoje só provoco ira, e logo, me vem a angústia
Vejo o passado, através desse espelho turvo
Do que vivi intensamente, sem lembrar minúcias.

O que sinto agora, já não me machuca tanto
Pois fechei meu corpo, meu ser, e minha cabeça
Essa ilusão maldita, vá embora, não me aborreça
Não vou contar as horas, vá, não volte, e me esqueça.

Sem medo zombo da sorte minha inimiga
Pelo muito que eu vivi, e por tudo passei
Ela que me visita, e sempre que pode furta
O prazer que tenho, de sonhar com o que amei.

LÁGRIMAS - Série: Por Aí aQui e aLi

Rolaram lágrimas em nossas faces, tão imaturas
Em momentos de emoção, tão inseguras
Somos almas que não querem magoar-se
Emocionam-se quando as palavras são mais duras.

Chorando, assim estamos aquecendo
Muito mais o que sentimos até agora
Sentimento que é tão grande entre nós
Que cultivamos, em muitas e muitas horas.

Como vê, perdoamos, estamos rindo
Isso é bom, outra vez assim nos damos
Essa força embora estranha atraindo
Talvez sim, bem distante nos amamos.

Essa atração que tanto se fez ausente
Por mais que ainda tão difícil acreditar
Entendemos, só nos resta esse momento
Se estamos juntos, nada mais pode importar

22 de junho de 2007

RESTOS - Série: Por Aí aQui e aLi

Destemido como um pássaro em seu ninho
Protegi-a para nunca ser cortada
Pensei ter pra sempre o que plantei
Nobre árvore, tão bela e admirada.

Mas o destino, ele se fez tão imutável
Me lançou contra a vontade nesse impasse
Impio, corteia-a com muita dor
Não entendo porque fui tão implacável.

O madeiro, eu juntei-o em soluços
Fiz um barco e dei-lhe o nome de "Saudade"
Assim teria uma alguma coisa que a lembrasse
De agora, quiçá até a eternidade.

O suor que brotava do meu rosto
Mãos sangrentas, e obra inacabada
O machado era pesado e fatigava
Mas ri feliz, da labuta terminada.

Com a alegria estampada em meu rosto
Vi a vela devagar foi sendo içada
A mercê daquela brisa, que a inflava
Como a com vida, querendo ser arejada.

Assim fiz sua vontade, e contra a minha
Sozinha deixei-a singrar o mar
Lamentei naquele instante o meu descuido
À deriva minha náu foi se encontrar.

Escapou-me das mãos, cordas roidas
Tão fracas como meu velho coração
Mãos fortes, mas ideal enfraquecido
Perdi um bem que antes era protegido.

Sentei-me então, à beira daquele cais
Solitário, e num pranto repetido
Pensei. Que pena! Trabalho inútil
Destino! Veja, o que fizeste comigo!

Tornei-me um homem velho e tristonho
Por ter duas vezes te perdido
Me restando de lembrança do naufrágio
Os destroços que guardei em meu abrigo.

21 de junho de 2007

PALCO - Série: Por Aí aQui e aLi

Bem sei que a nossa vida
É feita de muitos atos
Como uma peça de teatro
Mostrando coisas de riso
E coisas tristes de fato.

Rimos das nossas tristezas
Para não sentir muita dor
Mesmo a mais dolorida
Como a de sofrer por amor.

Talvez você me pergunte
Mas que dor idiota é essa
Não lhe responderei agora
Não cabe a mim essa peça.

Mas imagine você amando
Apaixonadamente outro ser
E sem que possa impedí-la
A vê saindo sorrindo
Para com um outro se ter.

Importa até se o motivo é fugaz
Só quem fica, se consome, e que sente
O coração que de quente
Fica frio e diferente
Nem parece que é da gente.

Ninguém quer sentir uma dor
Muito menos a dor de amor
Mas quando o coração é palco
No teatro de sua vida.
Aprende muito aceitar

Os muitos e muitos atos
De todas as coisas de risos
Coisas de dor
E tristes de fato

CIDADE AGRESTE - Série: Andanças


Era uma mulher bem simples
Esperta e trabalhadeira
Contou-me assim sua glória
Num dia de quarta-feira.

Morava longe daqui
Até bem pouca idade
Mas por força do destino
Veio parar na cidade

Casou-se cedo ainda
Da união, só ilusão
Foi quando acordou pra vida
E um dia disse, não.

Cansada já dos maltratos
De aceitar os desacatos
Sem soltar os desabafos
Pois era seu amor primeiro.

Seu homem não merecia
O amor que ela pedia
E se esforçava todo dia
De não fechar seu coração.

Aí, sem que se conteste
Num casal é natural
Desse relacionamento
Nasceram duas lindas tiétes.

Com as meninas crescendo
O pai sumiu da cidade
Mudando toda a sua via
Quanta responsabilidade.

Foram dias de tristesa
Difíceis de relatar
Somente quem os viveu
Teve coragem pra contar.

Mas era uma mulher de fibra
Lutou, esperou com paciência
Trabalhou dias a fio
Pra sua sobrevivência.

Eis que surje um belo dia
Não sei se em dezembro ou janeiro
E por todas suas qualidades
Conquistou outro parceiro.

Um cabra macho por inteiro
Que assumiu sua família
Um companheiro merecido
Pra ganhar dela um herdeiro

Não sei mais do seu destino
Por certo ela ainda é feliz
E lembrando aquela prosa
Creio que ouvi-la, um bem fiz

Isso até parece uma estória
Pra contar a qualquer hora
Mas tudo isso é verdadeiro
Pois bem conheço essa senhora.

20 de junho de 2007

COMPARAÇÃO

Forte e constante é seu bailado,
Vento que sopra do sertão.
Dobrando sem pena, arbustos e árvores,
Varrendo lembranças, e jogando no chão.

Fazendo o tempo, ficar melancólico,
Escuro, e chuvoso, com raios e trovões.
Mudando o pensar, da gente que pensa,
Cristalizando almas, abafando emoções.

É hora de sentar-se, quieto à mesa,
Num canto, a esmo, e com a solidão.
Colocar-se à frente, de uma vela acesa,
Geralmente curta, e sem quase clarão.

Fazer debruçar, sobre os braços cansados,
O olhar nessa chama, devagar se acabando.
Comparando assim, com o amor que já teve,
Sem entender do porque, e ver tudo findando.

Essas coisas na vida, acontecem e nos mostram,
Nada somos comparados, com que o destino arruma.
Nesse pensar, cerrei meus olhos, demais sonolentos,
Dormi na escuridão, e sem paz nenhuma.


in, ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE - 1991 - Litteris Editora

ELAS... - Série: Por Aí aQui e aLi


Elas...
São como as maçãs,
Só desejo as doces.
As do topo da planta,
Talvez duras, azedas, ácidas,
É uma tentativa vã.
As caídas,

Geralmente tenras, doces, e fáceis,
Se tem sem muito afã.
E assim,

Amo-as!

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

Buffering...