AMIGOS QUE ME SEGUEM

EU O MUNDO, O MUNDO E EU

31 de março de 2008

CORAÇÃO DESERTO

Debaixo do sol nascente
Não só anseios em mente.
Também havia os devaneios
Que agora descobertos, creio.

Debaixo dos nossos lençóis.
Só havia desejos fúteis,
Que se tornaram inúteis,
Os nossos momentos a sós.

Através desses meus versos,
Um sopro de poesias soltas,
Junto arrasto os lamentos,
Que levo no meu regresso.

Revelo nessa poesia crua,
A existência da farsa dolente,
Desse meu coração doente,
Cansado de desamor.

Agora que o sol é poente,
O ocaso na perspectiva.
Cada um, com a sua vida,
Debaixo de sol nenhum.

Maldita! Vida maldita!
Em mentiras de sim e não,
No deserto afetivo que me encontro,
Caminharei na escuridão.

30 de março de 2008

AMOR DEVASSO


Ela Invadiu minha vida
Sem permissão.
Adentrou, e fez moradia
No íntimo do meu ser.

Como permiti?
Não sei!
Culpo meu coração
Escancarado.

Descobriu
Meus segredos.
E eu, sem querer,
Teus desejos libidinosos.

Sem demora,
Apropriou-se dos meus lábios
Levou-o aos seus.
Estremeci surpreso.

Tua boca
Pequena e fresca.
Morde a minha
Despreparada.

Perdi-me
No teu olhar.
Sentindo o carinho
De tuas mãos.

Mais perto de um sonho
Que realidade.
Enterneci-me
E arrebatei-a.

Sem perceber de imediato,
Senti-a nua em minhas mãos.
Enquanto isso,
Ela me despia.

Deixei e quis sua língua
Viajar pelo meu corpo
Célere, e quente,
Impetuosamente livre.

Sem impedir,
Deixei-me dominar.
E ser seduzido
Com todo o prazer.

Antes,
Durante,
Depois.

PEREMPTÓRIO


Agora é peremptório.

Por favor!
Não me chamem de poeta,
De escritor,
Ou doutor.

Se quiserem:

Chamem-me
Simplesmente, de:
Caro Senhor.

Doutor,
Poeta,
E escritor.
Está pesando.

Cobram demais
De um mortal,
Por tão pouco.

Prefiro,
E fico mais feliz
Com:

Hei!

Você aí, ô cara!

É... Você mesmo
Caro senhor!

Cura o meu coração,
Preciso de quem fale de amor.
E me enterneça
Com poesias.

O SABIÁ SABIA ASSOBIAR







Curumim de olhar miúdo
Esverdeou,
Dentro da mata
Cerrada.

Raios de sol
Filtrados e multicoloridos
Entre as folhas e galhos
Do tutor centenário.

Visão fantasmagórica
Da natureza incólume.
Um mundo verde.
Palco do imenso teatro.

Reino fábula ou verdade,
Do Saci,
Do Curupira,
E da Iara.

De lá, junto aos trinos
Eu ouvi essas histórias,
E não me sai da lembrança
Desde que eu era menino.

Previa-se o fim do verde
E que o sabiá sabia assobiar
Um canto de lamento,



Pra floresta devastada.

27 de março de 2008

PÓ, PRÓ MAL


Não vedes
Quão inútil
É essa vida
De droga.

Morres
A cada dose,
Aos Poucos
Sem sentir.

O ácido
Corrói-lhe
Sem dor imediata
Ocultada pelo prazer.

Usas o pó
Como catapulta.
E lança-te
Ao nimbo.

Aprisionaste
A catarse.
Afastou-se
Do hino.

Estais cego,
Sem sol,
Ao som
Do sino.

Tenho-o
Agora
Morrendo
Em minhas mãos.

Sofrendo junto,
Inútil,
Irremediavelmente só.
Desisto.

Não queres mais vida.

MINHA GUEIXA, MINHA...


Eis me aqui, e a ti
Entrego o meu corpo
Viciado pelas carícias
De suas mãos profissionais.

Deleito-me com fresco do seu corpo
Junto ao meu, inebrio-me,
Que envolto aos óleos sensuais
E no seu perfume de mulher,

Embriago-me.

Dela, imagem extraída dos meus sonhos
Que manipulando com destreza,
Os mais recônditos órgãos do meu ser
Grita o meu íntimo, todo o prazer.

Em alguns minutos, o êxtase.
Nervos e músculos em fadiga
O que factível, feito, com zelo,
Sem pressa, sem medo, sem amor.

Nesse de confronto de peles e véus
Dando prioridade ao meu bem estar
Ela entrega-se a mim sem queixa,
Eu, seu senhor. Ela a musa seminua.

Disposta ao prazer sem amor,
Mais que servil, enternecendo o ato.
Ela toda em mim, dominando-me
Eu, um mero expectante do gozo.
Sem delir o elo,

Do óleo,
Do olho no olho,
O ato,
Do homem,
E uma mulher.

Acordo exausto.

Já de pé aos meus pés.
Vestida dos véus.
Recebe sua paga
Despede-se de mim dizendo:

Foi bom pra você!

26 de março de 2008

NHANDERUVUÇU, É DEUS

Ao senti-lo,

Todos se jogam,
Rés ao chão.
Nativos seres
Daquela da terra.

Os que chamam a chuva,
Agradecem a fartura,
Clamam à fogueira
Seu Mensageiro.

Surge Tupã,
O que não é deus.
Mas nobre defensor,
Guerreiro que seduz.

Sopro de vida,
Relâmpago,
Tupãberaba,
Divindade da Luz.

O que abraçava
Os povos Brasis
Servo obediente
Porque o Supremo quis.

O Nhanderuvuçu.
Grande Pai dos mundos
O que reina antes
Do universo.

Onipresente,

Senhor da Criação
O que entrou nesse poema
Caminhou sobre os meus versos,
Tirou-os da escuridão.

25 de março de 2008

AMPULHETAS


Vindo
Da direção
Do infinito.
O eco das palavras.

Eis a mensagem vaga
Do seu tempo.
Ao Homem artífice
Do seu próprio tempo.

O Mago e sua magia,
Pênsil num receptáculo,
Faz perpassar a fina areia.
Heranças de vida.

E eu,
Epígono,
O Ser ungido nos astros
Pelas mãos dos Mestres.

Pendo a cabeça.
Em reverência
Doou-me,
Para que doas.

Uma lição de amor
Depois do “ser”.
Que cada qual,
Feliz é em seu tempo.

Caindo no fundo do cristal
Em escumilha,
Dita o destino,
Marca o tempo.

Inverte e reinicia.

Anoso episódio
De manipulação do tempo.
Tendo nas mãos
As ampulhetas.

24 de março de 2008

AMOR ALIENÍGENA


Abduzido por você
Ainda sou eu,
Ou não sei se sou,
Meu corpo é éter.

Eternamente seu.

Mesmo fractal,
Sou sua presa
Que me lesa.
E você, ilesa.

Invadiu-me,
Dominou-me
E evadiu-se.

Fazes essas lágrimas
Não serem minhas.
Esses risos
Não serem meus.

São voláteis.

Verto-as
E rio.
Pois é você
Domínio de mim

Amor alienígena.

22 de março de 2008

ASSIM VI O SACRO


Vão!
O Homem
E seus discípulos.

Outros o seguem,
Das Oliveiras
Ao Calvário
Que os esperam.


O beijo no irmão,
A despedida.

Que é devolvido
Na face
Pelo venal.

Logo depois da ceia.
A última.

Do Amor.
Do Sangue.
Da Sede.
Da Dor.

A maior dor.
Mais que todos os flagelos,
Que o cuspo na cara,
Que as chicotadas
E a Cruz.

A traição.
Não de um.
Mas dos outros
Seus amados.

O Mistério
Antes do fim,
Ou do começo.
O eterno perdão.

Seu pecado;
Amar. Assim como ele é amado pelo Pai.

Sua condenação;
Culpado. Pelo povo desprovido de fé.

Sua pena;
Crucificação. Para salvação desse mesmo povo.

Isso!

Só o Santo.
Só o Cristo.
Só Deus!

7 de março de 2008

EVIDÊNCIAS




Deito-me.

E absorto,
Penso em ti
Sem detalhes.

Turvos são todos
Os meus olhares,
Sob brilhos solares,
Sombras.

Elas que vejo
Refletidas
Nas paredes
Do meu refúgio.

Do meu tempo,
Quase nada.
Praticamente nulo,
O que há, não me apraz.

Ilusão de você,
Também.
Quase nada
Retido na lembrança.

Nem a esperança,
Traz sua voz
Antes anunciada,
Agora jaz.

Relutei minha ida
Ao mundo do sono.
Morfeu abraçou-me,
Com afeto, cedi.

Você eu esqueci,
Mas,
Deixaste o tormento.

Dessa
Maldita paixão
À minha volta,
Confundindo-me.

Tentando
Desperta-me em sonho,
Dessas evidências
Já esquecidas.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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