Na mesma janela.
Mas naquela manhã;
a passarinhada
chilreava mais alto.
As nuvens ligeiras,
apostavam corrida.
O riacho, que de fio d’áqua,
transbordava pelos afluentes.
O céu de tão baixo,
podia ser tocado a ponta de dedo.
E o chão de morno; fervia.
era o inverno em ebulição.
Por força das orações requeridas.
Na praça,
os velhos faziam Cooper.
Os jovens dormiam há sombra,
ainda sob efeito da ‘balada’.
As crianças...
Bem; as crianças fazendo tudo
que os adultos gostariam de fazer.
Nas ruas, avenidas, estradas,
os veículos riscavam o asfalto.
Os transeuntes movimentavam-se
como num louco vai e vem de formigueiro.
E os ponteiros do relógio,
marcavam incansavelmente o tempo.
Mas aí veio o ocaso, atrasado,
(pelo horário de verão)
o sol caía como uma laranja gigante.
De crepúsculo a começo de noite, um pulo.
Pendura-se uma estrela ali, outra acolá,
Uma lua se desperta,
mais parecendo um grande queijo,
e fica lá, mansa,
suspensa no pico da serra.
A noite encomprida,
arrasta-se sonolenta e boêmia
mais uma vez para madrugada.
As pálpebras batem;
uma, duas, três, cada vez mais lentas.
Então o sono abre suas grandes asas
confortantes, dominantes,
soprando bafos de sonhos...
Mais uma vez cheguei tarde.
Psiu! Alice dormiu!
Flutua sobre as águas.Navega sem mágoas,
de todas as suas dores.
Acho que sonha com os céus.
E justamente hoje,
justamente hoje
que eu queria dar-lhe a mão.
Mas vai amanhecer...