Desça e pouse pássaro negro
Tuas asas já não mais aqui reluzem
É próprio de ti toda a obscuridade
Cárcere de toda a ambigüidade.
Não és mais um ser mortal, ilusão
Só a cegueira dos meus olhos, enxerga-te
Tua imagem é turva dentro da escuridão
Sinto-o na movimentação das sombras
Sente-se mais e maior, só por que voa
Sob e sobre aqueles poetas imaginados
Exibindo seus grilhões com arrogância
Palavras regurgitadas, nulas, mas ferem
Vômitos de intelectualidades intestinais
Que lançadas ao vento cheiram e fede
A tua fome e saciada aqui no chão,
No mesmo sitio onde põe as suas fezes
Que tu comes misturadas às sementes
Semeadas, todas, pelas minhas mãos.
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