Boêmia eis me aqui
mais uma vez.
Retornei ao meu reduto,
cansei daquela vida insossa,
perdido, enclausurado
qual uma ostra,
e sem ver a cor
da poesia.
Vestirei de noite breu
minha trôpega alma áptera,
engendrar-me-ei pelos becos
furtivos, que me acalmam.
Baterei nas portas dos botequins,
para beijar suas bocas de luz
semi-abertas na madrugada,
e abraçar minhas antigas parcerias.
Pedirei o aplauso das vagabundas,
e o flanar bêbado das mariposas,
"minhas doces butterfly noturnas"
que pousam nas cordas do meu violão.
Este, meu companheiro, e tão culpado,
que teima um samba canção dolente,
entoando um chorar enlutado,
pelo meu irreversível fim.
Os acordes já soam dispersos em minh’alma,
promessa de eu esquecer o teu olhar, enfim.
Dei meu coração todo ao vício, embriagado,
pela prematura morte do seu amor por mim.
mais uma vez.
Retornei ao meu reduto,
cansei daquela vida insossa,
perdido, enclausurado
qual uma ostra,
e sem ver a cor
da poesia.
Vestirei de noite breu
minha trôpega alma áptera,
engendrar-me-ei pelos becos
furtivos, que me acalmam.
Baterei nas portas dos botequins,
para beijar suas bocas de luz
semi-abertas na madrugada,
e abraçar minhas antigas parcerias.
Pedirei o aplauso das vagabundas,
e o flanar bêbado das mariposas,
"minhas doces butterfly noturnas"
que pousam nas cordas do meu violão.
Este, meu companheiro, e tão culpado,
que teima um samba canção dolente,
entoando um chorar enlutado,
pelo meu irreversível fim.
Os acordes já soam dispersos em minh’alma,
promessa de eu esquecer o teu olhar, enfim.
Dei meu coração todo ao vício, embriagado,
pela prematura morte do seu amor por mim.
Um comentário:
Que lindo poema ! :)
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