Que venha logo o vinho!
Que não seja na caneca,
Nem tampouco no copo,
Desejo que seja na taça.
Quero beber nesta praça,
Antes de seguir caminho
Pra terra da felicidade.
Diga-me lá meu amigo,
De quais parras advêm,
Estes deliciosos vinhos,
De frutados com buquê?
Estas preciosidades!
De Oinos patrão de Estáfilo,
Ou dos guarabares nobres?
Não me respondas agora.
Traga outra prova de vinho,
Encha bem a minha taça,
E deixe na mesa a garrafa.
Conversaremos. Eu e ela.
Vou já saber a procedência
Deste néctar do pecado.
Taberneiro, agora diga;
De qual mesmo é o destino,
De tão maravilhoso vinho,
Que coloriu minha taça,
Manchando de sulferino,
Essa minh’alma de menino,
Que só bebe por prazer.
*Ora pois, caro senhor!
Cá são terras de Anadia,
Grande região da Bairrada.
Os vinhos daqui nascidos
Vem de videiras douradas,
De mãos de gente hospitaleira,
Que a terra sabe lavrar.
Então irmão taberneiro,
Já estou na terra do vinho!
Tu servias-me, nada dizias-me,
Mas algo de bom eu sentia,
Um amor, e um bem estar profundo.
De estar na terra dos meus sonhos,
É um bom motivo pra brindar.
Taberneiro!
Mais vinho...
Classificado em 28° lugar no XI Concurso do Luso-Poemas "O vinho" - 06/2008
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