
O que viste de tão maldito assim no meu eu?
Porque queres ser incomensuravelmente mais,
Se o que mais queres e eu te dou, é amor.
Teu olhar foi menos malicioso como agora?
Não! Não foi... Não sabes o que é paixão!
Tento desviar lentamente o meu olhar do teu
Para esconder o meu rosto desgastado, palhaço,
Envergonhado como um menino e sua lágrima.
E mentindo como todo poeta mente o seu amar,
Entrego-me desgostoso aos seus vis julgamentos.
Se quiseres, rasgo a minha mascara de servil amante,
E assim como um demente, me desfaleço aos teus pés,
Encorajado pelo amor mesmo que aches covardia,
Mesmo que o meu pranto pra você seja excitante
Sem você eu vou chorar. Vou chorar a todo instante.