
Atrás de mim,
ouço vozes
lamentosas, rústicas,
amarguradas.
Tediosas demais até,
no meio de tantas flores,
colibris, amores, cupidos,
e entre os outros odores.
Não mais sei como agradar,
poetando o amor;
sorrindo a dor;
Vou me fechar em concha.
E se entreaberta for,
ainda ouvirei o marulhar,
talvez respire ar puro,
se o poema melhorar.
Quiçá inspirado,
em pedras,
na putrefação da vida,
ou na decadência social.
No amargo,
na tristeza,
no fim de toda pureza,
que a própria vida nos dá.
Assim agrado à sombra,
merece, faço-lhe as honras.
Saciada; eu retorno,
Ao meu próprio poetar.
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