todos os caminhos que ele percorreu.
ah os pés cansados e doentes, caíram
e sangraram, pelo calvário das distâncias.
as vias dolorosas que o tempo preparou,
o fez sentir os sulcos cavados, profundos
sobre o chão, pelas intensas tempestades.
a dor é a paz que se instala e o entorpece.
pousadas terrenas não são destinos finais,
se ainda há mais inferno para atravessar.
a fé é o ópio que optou tomar e prosseguir,
remédio para sua alma antes atormentada.
passo a passo, segue na sua jornada, só,
corrigindo os pensamentos, os elementos;
céu, mar, terra e ar, deus, diabo, universo.
levita, não mais sente os seixos sob os pés.
as matas, os bichos, as cidades, os homens
agora são vistos de dentro das nuvens, voa
e das alturas sente-os dentro do coração,
purificação que alcançará desse flagelo.
o que deixou pelo caminho, experiências;
o amor, o ódio, o equilíbrio, a permanência
na renovada crença, desprovisão de revolta.
assim peregrino; avança, alcança a vivência e o fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário