
por essa insana e atormentada verve,
apenas para o brilho do pedestal
do seu tutor; cairás no ridículo.
Se tu se perder numa visão una,
no afã do esplendor da ribalta
que teima ficar na penumbra.
Desista...
Não haverá u’a mão no interruptor.
Afogar-se-á no próprio limo,
Desnortear-se-á no próprio limbo.
Mas sobreviverás...
junto à claque dolente.
Mas não me condene.
Não sou quem não quer o olhar,
nas atitudes mais humanas.
Reconheça-se, e renasça.
Se da infâmia
dá-se a útil convivência,
e se as escoras lhe aprazem,
e se atrais as muletas, e se atrelam a ti,
e não rejeitas;
Reveja-se...
Pois se não o escoram,
escoram-se em ti.
Aplaudem-no
enquanto
arauto servil.
Sugarão à tua sombra,
enquanto
houver insensatez,
enquanto
persistires na inércia,
enquanto
esqueceres das virtudes,
enquanto
afastares da razão.
Oh! Corja que se ufanam de inconsequentes ritos.
Oh! Amontoado de sanguessugas, de sede irrestrita.
Oh! Escória de maus que não atendem aos gritos.
Oh! Cruéis de injustos atos sob o escudo da escrita.
Maldita ética dos canalhas sobreviventes.
Oh! Malditos,
ainda individualizam-se,
vestem-se da própria pele
para reconhecerem-se.
Bastam-se, de si; bastam-se,
para alumiarem a tosca mente,
envelhecida, carcomida,
enroscada em sorrisos frouxos,
refrescando o fígado
como os fantasmas
ressuscitados
da velha escrita.
Oh! Seres.
Oh! Pobres Seres
mergulhados no barro
ressequido das velhas palavras.
Delas não se desvencilham,
arrastam-nas em versos
pré e pós aversivos
as inovações.
Lhes são demais as alvoradas.
Sabemos o que escrevem...
É cicuta.
Envenena, e envenenam-se,
não é mais paixão a poesia,
nem mais a ânsia do poema habita.
É maldade gratuita,
e que grotescamente
sob a égide da escrita,
abraçam a palavra, usam-na, e;
em gotas insistentes,
destilam abioto em doses
diárias e permanentes.
Oh! Pobres poetas e suas sutis brutalidades.
‘As palavras não morrem sorrindo’
Dementes!