Conheces São Domingos do Prata,
Nos rincões das Minas Gerais?
É uma cidade maneira,
Evidente, se é de Minas é mineira,
Um lugar de vida boa,
E de gente bem faceira,
De prender nossa atenção.
Lá, mora o Tião do Coqueiro,
Que trepa o dia inteiro,
Essa é sua grande labuta,
Dos cocos, a sustentação,
Só faz isso por dinheiro.
Margarida Sirigüela?
Essa que não sai da janela,
Pisca pra todos os moços.
Mas coitadinha é tão feinha,
Que ninguém dá atenção.
Ah! A Dona senhora beata,
Deolinda da Paixão,
Essa, já foi namoradeira,
Hoje, até o diabo descarta.
Mas, tem quem diz, que não.
É uma cidade sui generis,
Pra se procurar alguém.
Se achar, só com sorte,
Sequer um, tem sobrenome,
Pois só de Zé, mais de cem.
E isso é demais confuso,
Ainda mais se forasteiro,
Subi rua, e desci rua,
Foi chão de gastar sandália,
Um castigo, o dia inteiro.
Felizes os identificados?
Só aqueles que morreram,
Quando então já no velório,
Jaz o defunto deitado,
Com o Atestado do Cartório.
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