Se eu te falo de amor,
É porque estou te amando.
Não um amor aventureiro,
Infantil, inconsequente.
Esses são passageiros,
Esquecidos facilmente.
Quando te falo de amor,
É com sentimento despertado,
Com o coração escancarado,
Pra te dizer sem medo.
Amo-te.
Não um, te amo,
Jogado, displicente.
E sim,
Um vou te fazer feliz.
Quando te falo do meu amor,
Não envolvo coisas materiais.
Elas influenciam negativamente,
Passa a ser, amor interesseiro.
O amor não se inventa,
Não se compra a crédito,
Mentira não o alimenta.
O amor nasce, cresce, vive,
E morre no coração.
Mantêm-se ele vivo,
Dando e recebendo amor.
Quando quero te falar de amor,
É porque quero dar,
E receber amor.
Com carinho, tolerância e confiança,
Sacrifícios e promessas verdadeiras.
Quando preciso te falar de amor,
Eu só falo de amor.
in voz, no link: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=83338
"aqui minha poesia voa com mais liberdade"~.~.~.~.~.~.~.~.~Praia de Itaipu, Niterói- RJ - BR
AMIGOS QUE ME SEGUEM
EU O MUNDO, O MUNDO E EU
21 de maio de 2009
ORALGÉSICO (PALIATIVO; VIDE BULA)
Atrás de mim,
ouço vozes
lamentosas, rústicas,
amarguradas.
Tediosas demais até,
no meio de tantas flores,
colibris, amores, cupidos,
e entre os outros odores.
Não mais sei como agradar,
poetando o amor;
sorrindo a dor;
Vou me fechar em concha.
E se entreaberta for,
ainda ouvirei o marulhar,
talvez respire ar puro,
se o poema melhorar.
Quiçá inspirado,
em pedras,
na putrefação da vida,
ou na decadência social.
No amargo,
na tristeza,
no fim de toda pureza,
que a própria vida nos dá.
Assim agrado à sombra,
merece, faço-lhe as honras.
Saciada; eu retorno,
Ao meu próprio poetar.
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=83539
PASSOS E DESCOMPASSO
num minuto...
refaço no papel os traços
acerto no caminho os passos
no chão negro do asfalto
levando comigo a poesia.
num minuto...
desvencilho-me dos laços
afasto dos meus, teus braços
a morte, eu não satisfaço
em prol da minha alegria.
num minuto...
desfruto entre os olhares
o poder absoluto da graça
rir da minha própria desgraça
ou da minha parca soberania.
num minuto...
penso ser samba, e sou
nem por isso; metido a bamba
nem ser corda ou caçamba
não sou uma letra de canção.
num minuto...
versejo com sutileza
noutro, até com brabeza
mas sem matar a beleza
do poema que se enseja.
num minuto
resoluto,
em defesa da poesia
desesperadamente luto
neste tempo inexorável
fatal, total e absoluto.
chega de versos injustiçados
jogados dentro de fundos falsos
reluto; vejo, falo não me escuto
penso livrá-los do cadafalso.
em apenas...
estes poucos minutos.
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=79954
OLHAR CONGELADO
A morte espreita-me
por detrás da minha porta,
silenciosa, furtiva.
e tão segura está de entrar,
que sorri.
A morte espreita-me há horas,
e mais cedo
ou mais tarde
vai adentrar e,
arrebatar-me-á
envolvendo-me
com seu negro véu.
Arrastar-me-á,
e através do vórtice macabro
viajarei às profundezas.
Sei, pois não me prometeram céu
Não suplicarei. Pois não sei se há.
Mesmo assim;
não deixarei que entre ainda.
Previno-me.
Tapando as frestas
do tempo com o tempo,
acordando as não mais meninas dos olhos,
agora senis senhoras
que cochilam o tempo todo,
e sem vigília, expõe-me.
A morte espreita-me,
E eu a ela.
Tenho a lua minha amante
que também espreita-me
e afugenta a morte com o luar.
Pela veneziana da janela
vi mais uma noite passar em claro.
Vivi.
Mas o olhar... congelado.
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=83383
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