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1 de agosto de 2012

18 de junho de 2012

LITERATURA EM ALTA NO RIO DE JANEIRO

1º Encontro Luso-Poemas versão Brasileira; o evento repercutindo nos meios culturais, rompendo fronteiras das cidades limítrofes de Niterói, e destacado na página de cultura &lazer. do Jornal Hoje


8 de maio de 2012

1º ENCONTRO LUSO-POEMAS VERSÃO BRASILEIRA


27 de março de 2012

FENDA





‘MoonLigth’ Sonata, Beethoven


pena, não escondes o prazer
do desprezo e de vilipendiar
aqueles não familiarizados.
o amor apenas em detrimento
dos seus consanguíneos...
mas é tempo de arrepender-se;
a vida é pródiga ensinar-lhe-á
que não basta um semblante de paz
se na boca o sorriso aberto
mostra conter falsas intenções...
'sofre-se pelos descendentes'.
desaprova-se atos daqueles do seio
que jazem sectários, ocultam-se na fé,
mas quão irrespeitosos são, percebo,
com os que passaram a ser da família
além dos seus irmãos, e seus entes...
‘amai o próximo como a si mesmo’
será qual mesmo o valor desta frase;
se quando gratuitamente ufana-se
das nuvens plúmbeas, inconsequentes atos,
em conluio, ao se propagar a discórdia.
ato covarde no mau uso das palavras, 
do verbo sendo gatilho para a desunião,
com o tiro atingindo indiscriminadamente
e entristecendo vários corações...
afinal, dada à proximidade das relações,
nem se pode bradar, ‘tu não nos ama',
'seu amor por nós não é verdadeiro',
não com a verdade que tem o nosso por vós’.
eis que trouxeste a dor pela fenda imposta.
qualquer tempo é tempo de...
qualquer, até que tu se dê conta...

7 de dezembro de 2011

OLHARES




Ah tão bom lembrar em versos
daqueles quentes verões,
dos teus olhos azuis de mar;
olhares ensolarados, vivificados,
persistentes e rejuvenescedores.
Bendita seja minha memória...
O fulgor das luzes da manhã
perpassava teus cabelos
esvoaçantes; ouro ao vento,
igual que fustigava as velas
que tu meu amor via passar.
Um querer que ainda é... 
Intento uno do prazer;
rever imagens imutáveis
armazenadas na memória
- vidrilhos de calidoscópio -
lembrança crua resgatada
no antigo álbum de fotos
de bordas serrilhadas e amareladas.
Nas páginas do seu diário,
momentos lindos descritos
numa caligrafia meticulosa e bela;
irradiando brilhos ofuscantes,
perfumados e preservados
nos frutos, na espontaneidade
das raras belezas outonais.
Assistia-se nas frescas tardes
as danças das folhas caindo ao destino.
Os ramos das folhagens tenras
resistindo em leveza e harmonia,
assim servidos para outras alegrias.
Breve brisa batendo no rosto,
soprando em cores e cheiros,
fazendo com que o tempo
parecesse parar no espaço....
os jardins permanecem floridos.
as árvores não mais frutificam;
fica o olhar nos frutos amadurecendo
olores impregnando em lufadas;
não mais o vento frio que desalinha
os ralos fios de prata do tempo.
Novamente é verão, revitalizando
os rumos, os horizontes traçados
lento epílogo e único querer;
mais um passo com qualidade de vida
enquanto houver um sol que brilhe
trazendo o abraço solidário, a mão amiga,
o calor que dispensa luvas, gorro e meias de lã.
Espera-se apenas conforto nas palavras,
o reconhecimento desses talentos
aquecidos que se afloram na maturidade.
Por fim, o aceno da mão trêmula, decidida,
o sorriso de alegria por ter feito da vida
uma poesia.

6 de dezembro de 2010

PRA QUÊ FALAR NATAL

Pra que falar de Natal.
Se as luzinhas das árvores
cada vez mais distantes
brilham nos olhos
das muitas pobres crianças.
Inocentes, vitimadas
por ‘miliumas’ atrocidades;
exploração, pedofilia, execração,
pelo vil abandono das famílias.
Ou de outras as fazendo
prostituídas, como meio de vida,
maculando suas infâncias,
condenando-as
a morte, ou sobrevida...

Pra quê falar de Natal.
Se tantas são obrigadas
a pisarem quintais sujos
ao invés de escolas,
ou lares acolhedores
apesar de pobres...
Nada parecido
com o que lhes são impostos
pelas circunstâncias,
e que encontram
debaixo das marquises e viadutos,
quando entregues a má sorte.

Pra que falar Natal.
Essa superficialidade.
Se não há mais consciência,
esquecida que está à essência de;
‘Fraternidade’
nessa contemporaneidade.

Pra que falar de Natal.
Se nada profundamente
é feito no ‘nascer’ de cada dia.

É peremptório...
Tudo seria mais Natal
se fizéssemos fazer luzentes
os corações das crianças;
mais ávidos de pão
do que de festa,
mais ávidos de amor,
do que das luzes
vindas das festas,
mais ávidos de mãos,
que os olhares
cobiçando um brinquedo
através da fresta.
A escuridão
cansam-lhes mais;
a vida pedinte,
a vida drogada,
a vida esmolada,
a vida desgraçada.

Enquanto as fartas mesas exalarão
os perfumes, e os gostos impregnarão
nossas papilas gustativas, e os sorrisos
invadirão as salas iluminadas...
Acordemos no estampido do champanhe.

Pois; pra quê Natal?
Se não enxugamos lágrimas.
Se não aplacamos dores.
Se não espalhamos amores.

22 de outubro de 2010

PSIU! ALICE DORMIU


Na mesma janela.
Mas naquela manhã;
a passarinhada
chilreava mais alto.
As nuvens ligeiras,
apostavam corrida.
O riacho, que de fio d’áqua,
transbordava pelos afluentes.
O céu de tão baixo,
podia ser tocado a ponta de dedo.
E o chão de morno; fervia.
era o inverno em ebulição.
Por força das orações requeridas.

Na praça,
os velhos faziam Cooper.
Os jovens dormiam há sombra,
ainda sob efeito da ‘balada’.
As crianças...
Bem; as crianças fazendo tudo
que os adultos gostariam de fazer.

Nas ruas, avenidas, estradas,
os veículos riscavam o asfalto.
Os transeuntes movimentavam-se
como num louco vai e vem de formigueiro.
E os ponteiros do relógio,
marcavam incansavelmente o tempo.

Mas aí veio o ocaso, atrasado,
(pelo horário de verão)
o sol caía como uma laranja gigante.
De crepúsculo a começo de noite, um pulo.
Pendura-se uma estrela ali, outra acolá,
Uma lua se desperta,
mais parecendo um grande queijo,
e fica lá, mansa,
suspensa no pico da serra.

A noite encomprida,
arrasta-se sonolenta e boêmia
mais uma vez para madrugada.
As pálpebras batem;
uma, duas, três, cada vez mais lentas.
Então o sono abre suas grandes asas
confortantes, dominantes,
soprando bafos de sonhos...

Mais uma vez cheguei tarde.
Psiu! Alice dormiu!
Flutua sobre as águas.
Navega sem mágoas,
de todas as suas dores.
Acho que sonha com os céus.
E justamente hoje,
justamente hoje
que eu queria dar-lhe a mão.
Mas vai amanhecer...

17 de setembro de 2010

APENAS MAIS UMA PRIMAVERA


Ah prevaleço-me de que se foi distante a minha aurora
e vejo que privilegiado sou ainda estar aqui contigo,
bom lembrar-me das belas e continuadas histórias,
tantas quantas me contavam da estação das flores,
que me inspira cantá-las, as dos meus tempos vividos.

percebo que aos sinais da finda e fria que antecede,
brotam tímidas e sem anúncio as violetas de lapela,
e as novas folhas das gramíneas e dos bambuzais,
arte da natureza, ensaiando a floração da primavera,
visto nos tenros brotos e botões esculpidos nos roseirais.

sem ranhetice fico aguardando ano após anos pacientemente
esse momento mágico e grande, sempre com aquele olhar menino;
e ver surgindo enfeitando os jardins; exuberantes gladíolos,
cravos, íris e jasmins rodeados de brancas margaridas,
esfuziante saudação setembrina, data incomensuravelmente bela.

nalguns arbustos, o vigor reflorestado para o tempo fruto,
nos galhos das amoreiras casulos se contorcem sem ais,
bailado frenético que culminará em explosão viva de belos seres
em voos numa variedade incalculável de borboletas tropicais.

é o ápice desses momentos vividos, único e indivisível,
campos, montanhas e serrados ganham pinceladas de cores,
nuances verde em dégradé e nos salpicos coloridos das flores.

na fábula da prudente formiga, desperta a cigarra novamente,
é a primavera aguçando o sentido do poeta que a saúda com seu canto,
não mais dorme, não mais chora, cessam as lágrimas do seu pranto
ficam só as cores das flores douradas pelo sol das tardes quentes.

fim da hibernação nos botequins aquecidos pelos conhaques
e das longas e negras noites, agora é céu estrelado em azul anil.
cessam as madrugadas frias, em conluio com as chuvas finas,
as almas abstêm-se de álcool, embebedam-se com o perfume do ar.
as bocas e os corações sorriem, é tempo de a alegria dominar,
tantas palavras ainda pra dizer, mas é apenas mais uma primavera.

26 de agosto de 2010

PRODÍGIOSO AMAR



quando encontro-me menino,
solitário com meus pensamentos,
vejo-te ainda;
quando atravessavas o portão principal
e caminhavas pela alameda em minha direção.

ficava ansioso por uma palavra tua,
uma resposta ao poema que eu fizera
na noite anterior. escrito as escondidas,
a lápis na folha pautada de caderno.

passavas escondendo o sorriso...
sorriso que pensava eu, ser um sim.
como sempre; a dúvida como resposta...

antes que sumisses entre os arbustos
coloridos dos hibiscos, e,
os perfumados manacás e jasmins,
mudo, meu olhar te acompanhava
embriagado pelo perfume
que deixavas pelo caminho,
olor das flores
que começara o bailado da primavera.

aquele era meu sublime momento,
quando as sombras das árvores do parque
eram cortadas pelos raios do sol da tarde,
iluminavam teus pés descalços,
e meus olhos brilhavam de ânsias
no teu andar sobre chão com rochas de mica,
passos cintilantes, luzinhas vivas
ofuscando o meu olhar juvenil,

olhar que eu achava ter perdido
quando penso hoje.
parece que foi ontem;
que eu sonhara que me beijaste.

eu que menti beijá-la tantas vezes
às vezes ainda gosto de mentir para mim
é assim que sorrio.

amanhã estarei aqui, esperando-te;
sentado neste mesmo banco de jardim
onde há sombra e os raios de sol
também esperam você passar,
para ver teus passos que brilham.

enquanto isso,
escrevo um poema de amor,
preferencialmente.

23 de agosto de 2010

PEREGRINO



os passos são testemunhos, marcaram
todos os caminhos que ele percorreu.
ah os pés cansados e doentes, caíram
e sangraram, pelo calvário das distâncias.

as vias dolorosas que o tempo preparou,
o fez sentir os sulcos cavados, profundos
sobre o chão, pelas intensas tempestades.
a dor é a paz que se instala e o entorpece.

pousadas terrenas não são destinos finais,
se ainda há mais inferno para atravessar.
a fé é o ópio que optou tomar e prosseguir,
remédio para sua alma antes atormentada.

passo a passo, segue na sua jornada, só,
corrigindo os pensamentos, os elementos;
céu, mar, terra e ar, deus, diabo, universo.
levita, não mais sente os seixos sob os pés.

as matas, os bichos, as cidades, os homens
agora são vistos de dentro das nuvens, voa
e das alturas sente-os dentro do coração,
purificação que alcançará desse flagelo.

o que deixou pelo caminho, experiências;
o amor, o ódio, o equilíbrio, a permanência
na renovada crença, desprovisão de revolta.
assim peregrino; avança, alcança a vivência e o fim.

P R Ê M I O D A R D O S

P R Ê M I O     D A R D O S
Agradeço esta distinção significativamente importante. Pelo prêmio em si, incentivador, assim como; pelo grande prazer de eu ter sido indicado a recebê-lo por iniciativa da poetisa Helen De Rose, que vê no meu trabalho, a possibilidade das minhas modestas contribuições crescerem em prol da escrita, pelos contos, prosas e poesias.

EDIÇÕES, PREMIAÇÕES

'ANTOLOGIA' - "TRAGO-TE UM SONHO NAS MÃOS"

Poesia infantil: Plum, Ploc, Trec, Blem... Viva!

Poesia infantil: Fadas meninas

Poesia infantil: O nariz do pirilampo

Temas Originais Editora - Coimbra, Portugal, 2010



ANTOLOGIA DOS 7 PECADOS

Sobre a 'GULA' : Beijo, Goiabada e queijo

ESAG - Edição BlogToh - Barcelos - Portugal, 2010




ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS - 49° Volume

Poesia: Faço poesia porque eu não posso dizer que te amo

http://www.camarabrasileira.com.pc49.htm/ - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS – 46° Volume

Poesia: “Tango a La Rubra Rose” - 2008

www.camarabrasileira.com/pc46.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE POEMAS DEDICADOS Edição - 2008

Poesia: “Escrita vazia” - 2008
www.camarabrasileira.com/poemasdedicados2008.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA DE CONTOS FANTÁSTICOS -14° Volume Conto: “O mar está pra peixe, feliz Ano Novo” - 2008

www.camarabrasileira.com/contosfantasticos14.htm - Rio de Janeiro - RJ



ANTOLOGIA POÉTICA, POESIA DA METRÓPOLE

Poesia: "Comparação" - 1991


Litteris Editora - Rio de Janeiro - RJ



DECLARAÇÃO DE AMOR

'Prefácio' , 2010

Câmara Brasileira e Jovens Editores - Rio de Janeiro - RJ



EPISÓDIOS GEOMÉTRICOS (O Livro das Crônicas)

'Posfácio' , 2011

Temas Originais Editora - Coimbra - Portugal



I ENCONTRO DE ESCRITORES - ANDEF
'Palestrante', 2010
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos

ENTREVISTAS - MENÇÃO QUALIDADE PROSA FEVEREIRO 2009

Site de Poesia

Luso-Poemas - Poemas de amor, cartas e pensamentos

Site de Poesia

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